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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a possibilidade de o Brasil entrar em uma guerra tarifária com os Estados Unidos, classificando a estratégia como “não inteligente”. A declaração ocorre em meio às tensões geradas pela política tarifária de Donald Trump, que promete “libertar os Estados Unidos de produtos estrangeiros” em um evento marcado para esta quarta-feira (2). (Veja no final da matéria a íntegra da declaração de Bolsonaro).
Bolsonaro defende o diálogo com Trump, citando sua experiência na negociação de tarifas sobre o aço durante seu governo. “Em meu governo tive sucesso na negociação das tarifas sobre o aço que àquela época eram impostas ao mundo inteiro, mas não o foram ao aço brasileiro graças ao diálogo com o Presidente Donald Trump. Eu apostei na diplomacia, não no conflito”, afirmou o ex-presidente.
Para Bolsonaro, a “única resposta razoável” à tarifação recíproca dos EUA seria o governo Lula “extinguir a mentalidade socialista que impõe grandes tarifas aos produtos americanos”. Ele argumenta que essa política impede o acesso dos brasileiros a produtos de qualidade mais baratos e classifica Trump como um defensor de seu país contra o “vírus socialista”.
“Dobrar a aposta e escalar a crise com o nosso 2º maior parceiro comercial não é uma resposta sábia”, alertou Bolsonaro, referindo-se ao projeto de lei em tramitação no Congresso que prevê retaliação a barreiras tarifárias impostas por outros países.
A política de “tarifas recíprocas” de Trump visa reformular as parcerias comerciais dos EUA, que o republicano considera injustas. Ele argumenta que outros países impõem altas taxas sobre produtos americanos para proteger seus mercados internos.
Eis a íntegra da declaração de Bolsonaro
Uma guerra comercial com os Estados Unidos não é uma estratégia inteligente nem preserva os interesses do povo brasileiro. A única resposta razoável à tarifação recíproca dos EUA é o governo Lula abandonar a mentalidade socialista que impõe altas tarifas sobre produtos americanos, dificultando o acesso dos brasileiros a itens de qualidade por preços mais baixos.
O presidente Donald J. Trump está apenas protegendo seu país desse modelo econômico. Dobrar a aposta e escalar a crise com o nosso segundo maior parceiro comercial não é uma resposta sábia.
No meu governo, obtive sucesso na negociação das tarifas sobre o aço que, à época, eram impostas ao mundo inteiro, mas não ao aço brasileiro, graças ao diálogo com o presidente Donald Trump. Apostei na diplomacia, não no conflito.
Paralelamente, reduzi tributos de mais de 4.000 itens, o que resultou em arrecadação recorde para os cofres públicos, seguindo os princípios da curva de Laffer.
