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O Brasil ascendeu cinco posições no ranking global do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado nesta terça-feira (6) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O país saltou da 89ª para a 84ª colocação entre 193 nações avaliadas.
O IDH é um indicador que mensura o progresso dos países em três dimensões fundamentais do desenvolvimento humano: saúde, educação e renda. O índice varia de 0 a 1, sendo 1 o nível máximo de desenvolvimento humano. Uma pontuação acima de 0,700 é classificada como alta.
Em 2024, o Brasil alcançou um IDH de 0,786. De acordo com o relatório do PNUD, o aumento da renda nacional bruta per capita e a recuperação da expectativa de vida, impactada negativamente pela pandemia de Covid-19, foram os principais fatores que impulsionaram o melhor desempenho do país. Contudo, a área da educação apresentou estagnação, com o tempo médio de estudo permanecendo abaixo da média global.
No contexto da América do Sul, o Brasil superou o Paraguai (0,728), a Bolívia (0,693) e a Venezuela (0,691). O ranking regional é liderado pelo Chile (0,855), Argentina (0,849) e Uruguai (0,809).
Ranking Global do IDH (10 Primeiras Posições):
- Islândia (0,972)
- Noruega (0,970)
- Suíça (0,970)
- Dinamarca (0,962)
- Alemanha (0,959)
- Suécia (0,959)
- Austrália (0,958)
- Hong Kong (China) (0,955)
- Holanda (0,955)
- Bélgica (0,951)
Apesar do avanço do Brasil, o relatório do PNUD aponta para uma desaceleração no crescimento global do IDH, que registrou o menor aumento desde 1990. Pelo quarto ano consecutivo, a desigualdade entre países com “IDH Baixo” e “IDH Muito Alto” se intensificou, revertendo uma tendência de longo prazo de redução das disparidades entre nações ricas e pobres.
Achim Steiner, chefe do PNUD, alertou para a ameaça que essa desaceleração representa para o alcance de um mundo com desenvolvimento humano muito alto até 2030. Segundo ele, se o progresso lento se tornar a nova norma, essa meta pode ser adiada por décadas, tornando o mundo menos seguro, mais dividido e mais vulnerável a choques econômicos e ecológicos.
Steiner enfatizou a necessidade de os países explorarem novas formas de impulsionar o desenvolvimento humano, mencionando o potencial da Inteligência Artificial (IA). Ele argumentou que, se utilizada de maneira estratégica para aumentar a inteligência humana, a IA pode ajudar a retomar o ritmo do avanço nas áreas de saúde, educação e renda.
“À medida que a Inteligência Artificial continua seu rápido avanço em tantos aspectos de nossas vidas, devemos considerar seu potencial de desenvolvimento. Novas capacidades surgem quase diariamente e, embora a IA não seja uma solução mágica, as escolhas que fizermos poderão reacender o desenvolvimento humano e abrir novos caminhos e possibilidades”, concluiu Steiner.
