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Dois anos após o brutal assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips na região do Vale do Javari, no extremo oeste do Amazonas, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou, nesta quinta-feira (5), o mandante do crime. O MPF não divulgou o nome do apontado mandante, identificado como Ruben Dario Villar, conhecido como “Colômbia”, mas solicitou que o sigilo sobre os autos seja levantado para que mais informações possam ser divulgadas.
Bruno e Dom foram vistos pela última vez em 5 de junho de 2022, a bordo de uma embarcação com destino a Atalaia do Norte, no Amazonas. Seus restos mortais foram encontrados dez dias depois, em 15 de junho, após Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”, confessar seu envolvimento no crime. A perícia revelou que as vítimas foram mortas a tiros, esquartejadas, queimadas e, em seguida, enterradas.
Segundo o MPF, o crime foi cometido por motivo torpe e de forma cruel, sem chance de defesa para as vítimas. A denúncia contra “Colômbia” foi apresentada à Subseção Judiciária Federal de Tabatinga (AM), onde o processo tramita.
Desdobramentos da Investigação e Prisões
Em julho de 2022, dois meses após os assassinatos, o MPF já havia denunciado Amarildo da Costa Oliveira (“Pelado”), Oseney da Costa de Oliveira (“Dos Santos”) e Jefferson da Silva Lima (“Pelado da Dinha”) por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Os três foram presos preventivamente.
A Justiça aceitou a denúncia e decidiu que Amarildo e Jefferson seriam submetidos a júri popular. O Ministério Público, no entanto, recorreu para que Oseney também seja julgado pelo tribunal do júri. Atualmente, Amarildo e Jefferson permanecem presos, enquanto Oseney aguarda a finalização do julgamento em prisão domiciliar, sob monitoramento eletrônico.
Em junho de 2024, a Justiça Federal recebeu a denúncia do MPF contra outros cinco homens, acusados de participar da ocultação dos corpos de Bruno e Dom. São eles: Francisco Conceição de Freitas, Eliclei Costa de Oliveira, Amarílio de Freitas Oliveira, Otávio da Costa de Oliveira e Edivaldo da Costa de Oliveira. Os quatro últimos responderão também por corrupção de menor, por terem envolvido um adolescente no crime.
