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A Justiça do Rio de Janeiro determinou nesta terça-feira (4) a transferência de sete líderes da facção Comando Vermelho (CV) de presídios estaduais de segurança máxima para unidades federais, em decisão tomada após pedido do governador Cláudio Castro (PL), logo após a megaoperação policial que resultou em 121 mortes e 113 prisões no fim de outubro.
O pedido foi encaminhado pela Polícia Civil, e a Vara de Execuções Penais (VEP) concedeu cinco dias para que a corporação envie informações adicionais sobre dois dos presos: Leonardo Farinazzo Pampuri, o Léo Barrão, e Wagner Teixeira Carlos, o Waguinho de Cabo Frio, chefe do tráfico na Região dos Lagos.
Também foi incluído na lista Rian Maurício Tavares Mota, o Da Marinha, acusado de operar drones do CV no Complexo da Penha. Segundo a VEP, o crime dele ainda depende de julgamento.
A Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, informou que recebeu a autorização da VEP para realizar as transferências. O processo será encaminhado ao juízo federal competente, e após a autorização definitiva, a Polícia Penal Federal ficará responsável pelas escoltas e pelo transporte dos detentos.
De acordo com o Tribunal de Justiça, os presos transferidos já possuíam condenações por tráfico de drogas e não foram detidos durante a megaoperação. Eles permanecerão provisoriamente em unidades de segurança máxima do Rio até a conclusão dos trâmites legais, e os locais de destino não foram divulgados.
Na decisão, o juiz responsável destacou que o papel do Judiciário na execução penal é equilibrar a ressocialização com a segurança pública, principalmente diante do risco de reincidência e da possibilidade de comandar crimes de dentro dos presídios.
“A inclusão em estabelecimento federal de segurança máxima visa interromper a comunicação ilícita entre o preso e sua organização criminosa, garantindo a segregação qualificada e restabelecendo a efetividade da função preventiva e repressiva da pena”, escreveu o magistrado.
Presos autorizados para transferência:
- Roberto de Souza Brito, o Irmão Metralha – atua no Complexo do Alemão
- Arnaldo da Silva Dias, o Naldinho – Resende, administrador da “caixinha” do CV
- Alexander de Jesus Carlos, o Choque ou Coroa – Complexo do Alemão
- Marco Antônio Pereira Firmino, o My Thor – Morro Santo Amaro, integra a comissão da facção
- Fabrício de Melo de Jesus, o Bicinho – Volta Redonda, integra a comissão da facção
- Carlos Vinícius Lírio da Silva, o Cabeça – comunidade do Sabão, em Niterói
- Eliezer Miranda Joaquim, o Criam – chefe na Baixada Fluminense
A decisão reforça a estratégia do governo e do Judiciário de quebrar a comunicação e comando das facções criminosas dentro dos presídios estaduais, aumentando a segurança e dificultando a atuação do Comando Vermelho no Rio de Janeiro.