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A Polícia Civil de São Paulo prendeu, nesta sexta-feira (17), um sétimo suspeito de participação no assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, executado há um mês no litoral paulista. A operação foi conduzida por equipes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e ocorreu na Zona Sul da capital paulista.
O detido foi identificado como Cristiano Alves da Silva, de 36 anos, conhecido como “Cris Brown”. Segundo as investigações, ele é proprietário da casa usada pela quadrilha em Mongaguá, na Baixada Santista — cidade vizinha a Praia Grande, onde o crime foi cometido. De acordo com a polícia, Cristiano foi ao imóvel no dia seguinte à execução de Ruy, permaneceu no local por cerca de uma hora e, em seguida, voltou para a adega que mantém na Zona Sul de São Paulo.
Com a prisão de Cris Brown, o número de detidos sobe para sete. Outros dois suspeitos permanecem foragidos, e um terceiro morreu em confronto com a polícia.
Prisões recentes e avanço nas investigações
Na quarta-feira (16), os investigadores prenderam Danilo Pereira Pena, conhecido como “Matemático”, também de 36 anos. Ele é apontado como o homem que ordenou que Luiz Henrique Santos Batista, o “Fofão”, levasse Rafael Marcell Dias Simões, o “Jaguar”, de São Vicente até São Paulo. Ambos já estão presos temporariamente.
Danilo foi capturado em uma hospedaria no Morumbi, Zona Sul da capital. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que o DHPP segue à frente das investigações e tenta localizar os foragidos. A defesa dos acusados não foi localizada.
Ligação com o PCC e motivação de vingança
A polícia confirmou que o Primeiro Comando da Capital (PCC) está ligado à execução de Ruy Ferraz Fontes. Em mais de 40 anos de carreira na Polícia Civil, o ex-delegado foi figura central no combate ao crime organizado e liderou investigações contra a facção, incluindo a prisão de Marcos Willians Herbas Camacho, o “Marcola”, chefe máximo do grupo.
Ruy se aposentou em 2023, mas continuou recebendo ameaças de morte. Um relatório produzido em 2024, ao qual o programa Fantástico teve acesso, detalhava planos de atentados contra autoridades, incluindo o ex-delegado.
Ele foi morto no dia 15 de setembro, após deixar o expediente como secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande, onde trabalhava desde a aposentadoria. O ex-chefe da Polícia Civil foi atingido por pelo menos 12 tiros de fuzil.
Mandantes e foragidos
As autoridades acreditam que o crime tenha sido motivado por vingança do PCC, mas também apuram se decisões tomadas por Ruy na Prefeitura de Praia Grande possam ter contrariado interesses criminosos.
Ainda estão foragidos:
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Flávio Henrique Ferreira de Souza, cujo DNA foi encontrado em um dos veículos usados no crime;
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Luis Antonio Rodrigues de Miranda, apontado como mandante da execução.
O DHPP segue com as investigações para identificar outros possíveis envolvidos e esclarecer todos os detalhes da execução que abalou a cúpula da segurança pública paulista.