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Uma imagem capturada em 12 de setembro pelo satélite DSCOVR, da NASA, revelou um vasto corredor de fumaça se estendendo pelo interior da América do Sul, desde a região amazônica até o Sul do Brasil, cobrindo amplas áreas do território nacional. O satélite, conhecido como Deep Space Climate Observatory, foi lançado em 2015 e desempenha um papel crucial no monitoramento do vento solar em tempo real, vital para prever tempestades geomagnéticas que podem impactar sistemas de energia, telecomunicações e GPS.
No entanto, a imagem mais recente do DSCOVR destaca outro desafio: os incêndios florestais em larga escala que estão devastando o Brasil e outras partes da América do Sul. De acordo com o Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), nas últimas 48 horas, foram detectados 7.322 focos de incêndio no Brasil, sendo o estado de Mato Grosso o mais afetado, com 1.379 registros.
Entre janeiro e agosto de 2024, a área queimada no Brasil chegou a impressionantes 11,39 milhões de hectares, mais que o dobro do registrado no mesmo período de 2023, quando a área afetada foi de 5,25 milhões de hectares, segundo o Monitor do Fogo, do Mapbiomas.
Os incêndios florestais, que atingem diversos países sul-americanos, superaram recordes históricos. Até o dia 11 de setembro, mais de 346 mil focos de incêndio foram registrados na região, quebrando a marca de 2007, quando o recorde anterior era de pouco mais de 345 mil focos.
O Brasil lidera o número de incêndios, seguido por Bolívia, Peru, Argentina e Paraguai. Outros países, como Venezuela, Guiana e Colômbia, também enfrentaram episódios intensos de queimadas no início do ano, embora a situação tenha melhorado consideravelmente nesses locais.