O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, defendeu nesta segunda-feira (17), que os responsáveis pelo vazamento das mensagens trocadas entre o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e o procurador da República Deltan Dallagnol, responsável pela força-tarefa da operação Lava Jato, sejam presos.
De acordo com Moraes que participou de um evento promovido pela Band News na manhã desta segunda, a autenticidade das mensagens precisa ser verificada e elas não afetam “a importância histórica” da operação no combate a corrupção no país.
“No atual momento temos que, primeiro, rapidamente apurar e prender os criminosos que invadiram comunicações de agentes públicos, colocando em risco a própria segurança dessas pessoas. Em um segundo momento, a partir do conjunto das informações, poderemos tirar algumas conclusões”, afirmou o ministro.
Moraes não é o primeiro integrante do STF a se pronunciar publicamente sobre os diálogos divulgados pelo site “The Intercept Brasil” na semana passada. Em entrevista à revista “Época”, o colega de bancada no STF, o ministro Gilmar Mendes disse que as conversas apontam que “quem operava a Lava Jato era o Moro” e chamou Dallagnol de “bobinho”.
O ministro Marco Aurélio Mello também adotou um tom mais crítico ao falar sobre o assunto e ironizou as mensagens trocadas entre ambos. Já o ministro Luís Roberto Barroso, em entrevista à Globo News, criticou o que chamou de “euforia que tomou os corruptos e seus parceiros” ao comentar os vazamentos e disse que as conversas foram obtidas em ação criminosa.