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O dólar registra forte alta nesta sexta-feira (29), último pregão de novembro, com o cenário fiscal brasileiro permanecendo em foco. Nos primeiros minutos de negociação, a moeda já ultrapassava os R$ 6, nível que foi atingido pela 1ª vez na história do Brasil na quinta-feira (28).
Às 10h15, o dólar subia 2,00%, cotado a R$ 6,1091, e atingiu a máxima de R$ 6,1156 durante o dia. Na véspera, a moeda teve alta de 1,30%, fechando a R$ 5,9891, com a máxima do dia chegando a R$ 6,0029.
No acumulado da semana, o dólar apresenta alta de 3,02%, e no mês, o avanço é de 3,59%. No ano, a moeda registra um crescimento de 23,42%.
Os desafios fiscais continuam a impactar os ativos brasileiros, especialmente após os anúncios feitos pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na última quarta-feira (27), e detalhados na quinta-feira (28).
O Governo Lula planeja enviar ao Congresso um pacote de medidas que prevê cortes de R$ 70 bilhões em gastos públicos nos anos de 2025 e 2026, e R$ 327 bilhões até 2030.
As medidas incluem ajustes no salário mínimo, programas sociais, aposentadoria de militares, emendas parlamentares, entre outros pontos. Embora o pacote de cortes tenha sido amplamente antecipado e o valor de R$ 70 bilhões tenha sido inicialmente bem recebido pelo mercado, o anúncio da proposta para isentar pessoas com rendimentos de até R$ 5 mil da cobrança do Imposto de Renda gerou preocupações.
A isenção deverá custar cerca de R$ 35 bilhões ao governo, mas, segundo Haddad, o impacto será compensado pela taxação de pessoas com rendimentos superiores a R$ 50 mil, com alíquotas de até 10%.
Além do cenário fiscal, investidores reagem aos dados de emprego divulgados pelo IBGE, que indicam uma redução no desemprego para 6,2% no trimestre encerrado em outubro, o menor nível registrado na história, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua.
Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da B3, opera em baixa.