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Um ex-funcionário da Disney, demitido por má conduta, confessou ter hackeado o software de criação de menus da empresa para alterar detalhes importantes, incluindo informações sobre alergias que poderiam ter representado risco para os clientes dos restaurantes do resort.
De acordo com uma denúncia apresentada pelo Departamento de Justiça no ano passado, Michael Scheuer cometeu uma série de crimes cibernéticos após ser demitido da Disney. Embora o nome da empresa não tenha sido revelado na queixa, investigações subsequentes identificaram a Disney como a afetada. Scheuer, que trabalhava como “Gerente de Produção de Menus” na companhia, admitiu os crimes em um acordo judicial.
Em acordo com a Justiça, Scheuer concordou em pagar uma restituição à Disney, além de uma multa governamental. O advogado de Scheuer, David Haas, afirmou: “O Sr. Scheuer está disposto a assumir a responsabilidade por seus atos. Infelizmente, ele enfrenta problemas de saúde mental, que pioraram após ser demitido da Disney, logo após o retorno de sua licença paternidade”. Haas acrescentou: “Ninguém nunca esteve em risco de ferimentos e ele está profundamente arrependido pelo que aconteceu”.
Segundo informações do portal Court Watch, o comportamento de Scheuer ocorreu ao longo de três meses, período no qual ele manipulou os menus de diversos restaurantes pertencentes à Disney. A maioria das alterações foi considerada “benigna”, como modificar fontes para o tipo “Wingdings”, tornando os menus ilegíveis. Em outros casos, ele inseriu palavrões nos menus. No entanto, as modificações mais graves envolvem a manipulação das informações sobre alergênicos nos cardápios.
Scheuer também é acusado de realizar ataques de negação de serviço nas contas de trabalho de ex-colegas. Além disso, documentos judiciais revelam que Scheuer alterou as regiões vinícolas de bebidas alcoólicas para locais onde ocorreram massacres, e até inseriu uma suástica em um dos menus. Em outro incidente, ele teria vazado o link e login usados para alterar os menus na dark web.
Felizmente, nenhum dos menus manipulados por Scheuer chegou a ser distribuído para os restaurantes. A Disney também enfrentou uma ação judicial de “morte injusta” no ano passado, quando uma mulher faleceu após consumir uma refeição em um restaurante de uma de suas propriedades na Flórida. A mulher tinha alergias a nozes e laticínios, e o garçom informou incorretamente que o prato poderia ser preparado sem esses ingredientes. O caso ganhou destaque quando a Disney tentou fazer o processo ser anulado com base em uma cláusula de arbitragem obrigatória no contrato de assinatura de teste do Disney+. Após protestos públicos, a Disney desistiu de sua estratégia legal e permitiu que o processo fosse levado a julgamento.
