Sem a da tornozeleira eletrônica, graças a uma decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-ministro da Fazenda nos governos Lula e Dilma, Guido Mantega, entregou nesta quinta-feira (29) à Justiça Federal em Curitiba um conjunto de 13 passaportes. A ação atende determinação do juiz Luiz Antonio Bonat, da 13.ª Vara Criminal Federal, no âmbito da Operação Carbonara Chimica, fase 63 da Lava Jato, que investiga supostas propinas a Mantega e ao também ex-ministro Antônio Palocci.
A entrega dos treze passaportes – quatro brasileiros, sete diplomáticos e dois italianos – foi uma imposição do juiz da Lava Jato para evitar deslocamentos de Mantega ao exterior. Bonat também ordenou ao ex-ministro que não mantenha contato com outros investigados da Operação Carbonara Chimica.
A etapa 63 da Lava Jato mira supostas propinas a Palocci e a Mantega em troca da aprovação das Medidas Provisórias 470/2009 e 472/2009, que instituiriam um novo refinanciamento de dívidas fiscais e permitiriam a utilização de prejuízos fiscais das empresas como forma de pagamento (Refis da Crise)