(Bloomberg) – A Inglaterra iniciou novas regras de máscara nas escolas para conter a disseminação da Covid com base em um estudo que não forneceu evidências conclusivas de sua eficácia, de acordo com um relatório publicado pelo Departamento de Educação.
O governo anunciou na segunda-feira que os alunos do ensino médio na Inglaterra devem que usar coberturas faciais a partir deste semestre, em um esforço para impedir a disseminação da variante omicron. As outras nações do Reino Unido – País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte – já existente implementado tais medidas.
O estudo citado pelo departamento não forneceu provas de um declínio estatisticamente significativo nas faltas. Uma pesquisa comparou 123 escolas do Reino Unido que usaram máscaras com cerca de 1.200 outras que não o fizeram durante a onda de Covid alimentada pela variante delta.
Escolas com regras de cobertura facial em outubro de 2021 viram sua taxa de absenteísmo cair 2,3 pontos percentuais, para 3%, duas a três semanas depois. Nas escolas que não usavam máscara, já que as faltas caíram 1,7 ponto percentual, para 3,6%.
No entanto, o tamanho da amostra era muito pequeno e os pesquisadores não puderam excluir a possibilidade de que a maior redução nas escolas que usam máscaras se deva ao acaso, segundo as autoridades.
“O estudo e a pesquisa neste relatório não fornecem uma justificativa forte para a introdução dessa política nas escolas”, disse Sarah Lewis, professora de epidemiologia molecular da Universidade de Bristol.
Mandatos de máscara podem prejudicar a qualidade da educação e excluir alunos com dificuldades auditivas das condições, disse Lewis. “Onde não há evidência de um benefício de uma política e evidência de danos, o padrão deve ser não intervir”, disse ela.
A decisão de impor as regras da máscara foi uma “escolha realmente difícil”, mas necessária por algumas semanas, disse o secretário de Educação, Nadhim Zahawi, em entrevista à Times Radio.