A Ucrânia afirmou nesta segunda-feira (3) que enfrentou um ataque “recorde” de 90 drones lançados pela Rússia na Noite de Ano Novo, que teve como objetivos Lviv e Odesa principalmente e causou ao menos a morte de uma pessoa.
Segundo a Força Aérea ucraniana, 87 dos 90 drones explosivos Shahed de fabricação iraní lançados pelas forças russas desde quatro direções foram destruídos em voo. “O inimigo utilizou um número recorde de drones de ataque”, declarou.
Também informou de ataques com quatro mísseis terra-ar S-300 na região de Kharkiv (noreste) e três mísseis antirradar Kh-31 e um Kh-59 contra as regiões de Kherson e Zaporizhzhia (sul).
Um adolescente de 15 anos morreu e outras sete pessoas ficaram feridas após os restos de um dos 87 drones derrubados atingiram um edifício residencial na cidade de Odesa, disse o chefe da administração militar da região, Oleh Kiper. Os restos causaram vários incêndios pequenos mais, incluindo no porto.
Uma mulher morreu durante o bombardeio russo na região de Kherson nesta segunda-feira, disse em Telegram o chefe da administração regional, Oleksandr Prokudin.
Na região de Lviv, ao oeste do país, os ataques destruíram um museu e uma universidade cuja história está relacionada com Roman Shukhevych e Stepan Bandera, duas controvertidas figuras nacionalistas ucranianas que colaboraram com os nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Edifícios universitários na localidade de Dubliany também registraram desperfectos, mas não se reportaram vítimas.
Em um mensagem em redes sociais, o prefeito de Leópolis, Andriy Sadovyi, descreveu o ataque como “simbólico e cínico” e acrescentou que “esta é uma guerra por nossa história”.
Cuatro muertos en un bombardeo en Donetsk
Por otra parte, quatro pessoas morreram e 13 mais ficaram feridas após um bombardeio ucraniano contra zonas ocupadas por Rússia em Donetsk, segundo o líder regional nomeado pelo Kremlin, Denis Pushilin. Os meios estaduais russos indicaram que entre as vítimas havia repórteres, mas não ofereceram mais detalhes.
Uma pessoa faleceu e outra ficou ferida em um bombardeio sobre a cidade fronteiriça russa de Shebekino, apontou o governador Vyacheslav Gladkov.
Rússia também informou de bombardeios e ataques com drones ucranianos na região fronteiriça de Belgorod, que não causaram vítimas.
Estos son los últimos incidentes en una campaña de ataques aéreos que comenzaron el viernes cuando Rusia lanzó una ofensiva de 18 horas que las fuerzas aéreas ucranianas describieron como la mayor desde el inicio de la guerra en febrero del año pasado.
Ao menos 49 pessoas morreram nessa andanada e os equipes de resgate de Kiev reportaram nesta segunda-feira que se haviam recuperado ao menos oito cadáveres mais de entre os escombros.
Este lunes, el presidente ruso Vladimir Putin advirtió que Rusia “intensificará” sus ataques contra objetivos militares en Ucrania en represalia por el bombardeo perpetrado contra Belgorod.
“Intensificaremos los ataques, ningún crimen contra civiles quedará impune, eso es seguro”, declarou o presidente russo durante uma visita a um hospital militar, precisando que esses ataques se levarão a cabo contra instalações militares.
“Usamos armas de precisão para atacar centros de toma de decisiones, lugares donde se reúnen soldados y mercenarios, y otros centros de este tipo, sobre todo instalaciones militares”, prosiguió Putin.
O presidente russo qualificou de “acto terrorista” o bombardeio e acusou as forças ucranianas de atacar o “centro da cidade, onde a gente se passeia antes de Noite de Ano Novo”.
Mas também ressaltou que “Ucrania não é um inimigo” em si mesmo, e acusou a occidente de usar as autoridades de Kiev para “arreglar seus próprios problemas” com Rússia.
Putin considerou por outro lado que as forças de Moscou dispõem agora de uma “iniciativa estratégica” no frente em Ucrânia, onde os soldados avançam cada dia mais tras o fracasso da contraofensiva ucraniana.
(Com informações da AFP, AP e EFE)
