Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
Israel está planejando uma resposta ao ataque lançado pelo Irã contra seu território, que, segundo autoridades, demonstrará as capacidades de “surpresa” e “precisão” do país. O Conselho de Segurança da ONU se reúne nesta quarta-feira (02) para discutir a crise no Oriente Médio.
Enquanto isso, a troca de agressões entre Israel e o Hezbollah continua no Líbano, com relatos de ataques aéreos em Beirute e em cidades ao sul do país. Sirenes de alerta soaram no norte de Israel, em localidades como Safed, Yir’on e Avivim.
Ainda nesta quarta-feira, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, declarou “persona non grata” o secretário-geral da ONU, António Guterres, proibindo sua entrada no país, devido à recusa do chefe da ONU em condenar os ataques iranianos ocorridos na terça.
Na ocasião, o Irã disparou cerca de 200 mísseis balísticos contra Israel, cruzando os céus de Tel Aviv e Jerusalém. Grande parte dos projéteis foi interceptada pelos sistemas de defesa israelenses.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu classificou o ataque iraniano como um “grande erro” e afirmou que o Irã pagaria pelo ato. Países como Estados Unidos, Reino Unido e França condenaram o ataque, e a comunidade internacional pediu por uma desescalada do conflito.
O Ministério das Relações Exteriores do Irã apelou ao Conselho de Segurança da ONU para que tome medidas significativas para evitar ameaças à paz e à segurança regional.
O Irã também garantiu que qualquer contra-ataque de Israel resultaria em uma resposta subsequente “devastadora”, prometendo grande destruição a infraestruturas israelenses.
O Irã atacou diretamente Israel pela primeira vez em abril, lançando mísseis e drones em resposta a um bombardeio contra sua embaixada em Damasco, na Síria. Dias depois, um bombardeio atingiu instalações nucleares no Irã, em uma resposta que autoridades americanas atribuíram a Israel, apesar de o país não ter assumido responsabilidade.
A nova ofensiva iraniana era esperada desde julho, quando Ismail Haniyeh, chefe do Hamas, foi assassinado em Teerã, com o Irã responsabilizando Israel pelo ato.
Nos últimos dias, o Irã voltou a prometer vingança pelas mortes de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, e Abbas Nilforoushan, alto membro da Guarda Revolucionária Iraniana, ambos mortos em bombardeios israelenses no Líbano.
Na terça, o Irã lançou cerca de 200 mísseis balísticos contra Israel, a maioria deles direcionados a Tel Aviv, sendo interceptados pela defesa israelense, sem relatos de mortes ou grandes danos.
Com o ataque, os militares israelenses ordenaram à população que procurasse abrigos, enquanto sirenes soaram por todo o país. O espaço aéreo foi fechado. Cerca de 20 minutos após a primeira onda de mísseis, uma segunda leva de projéteis foi lançada, com alguns atingindo locais controlados por Israel na Cisjordânia. Duas pessoas ficaram levemente feridas, sem registro de danos a edifícios ou residências.
Jake Sullivan, chefe do Conselho de Segurança dos EUA, confirmou que o ataque iraniano não atingiu nenhuma infraestrutura estratégica de Israel, sem relatos de mortes. Após o envio de mísseis, o aiatolá Ali Khamenei foi levado a um local seguro no Irã.
Na segunda-feira, Israel lançou uma operação terrestre no Líbano, atacando alvos do Hezbollah. Batizada de “Setas do Norte”, a operação foi aprovada politicamente e segue conforme a avaliação militar, em paralelo aos combates na Faixa de Gaza.
Israel já vinha bombardeando o Líbano, incluindo Beirute, desde a escalada de ataques entre Israel e Hezbollah, que começou em outubro de 2023, quando o grupo extremista libanês lançou foguetes contra Israel em solidariedade ao Hamas e à guerra na Faixa de Gaza.