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O Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa da Venezuela (SNTP) informou, neste sábado, sobre a libertação da jornalista Ana Carolina Guaita, detida em 2 de agosto durante protestos contra o suposto fraude eleitoral de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais de 28 de julho.
Por meio da rede social X, o SNTP destacou que Guaita — repórter do portal digital venezuelano La Patilla — esteve presa por mais de quatro meses, sendo acusada de terrorismo, incitação ao ódio e obstrução de vias públicas.
Na mesma plataforma, o Colégio Nacional de Jornalistas (CNP) comemorou a libertação de Guaita, afirmando que ela “nunca deveria ter sido presa” porque “não cometeu nenhum crime”.
O CNP também lembrou que ainda há vários jornalistas detidos, totalizando 11, conforme dados da organização, a maioria encarcerados após as eleições de 28 de julho.
Libertação de presos políticos
Neste sábado, a ONG Comitê pela Liberdade dos Presos Políticos relatou a soltura de 60 presos políticos no contexto pós-eleitoral, mas alertou sobre “sérias dúvidas quanto aos números oficiais” de libertados. Segundo a organização, “não é a primeira vez que se mente sobre a quantidade de pessoas soltas”.
Na sexta-feira, a Procuradoria Geral da Venezuela anunciou 200 novas libertações e relatou um total de 733 pessoas liberadas, em resposta a pedidos de revisão judicial.
Enquanto algumas libertações são realizadas, novas prisões continuam ocorrendo. Entre os detidos recentemente estão quatro membros do partido Vente Venezuela (liderado por María Corina Machado), o ex-vereador de Caracas Jesús Armas, o prefeito de Cabimas (Zulia), Nabil Maalouf, o ativista Luis Palocz e o líder campesino Carlos Azuaje.
Novas prisões de opositores
Na sexta-feira, o Comitê de Direitos Humanos do Vente Venezuela denunciou a prisão de Víctor Manuel Sandoval, secretário político do partido em uma localidade do estado de Miranda, e de Yerwin Torrealba, coordenador de organização juvenil na região de Yaracuy.
Segundo o partido, Torrealba foi detido de forma “arbitrária” em sua residência por “agentes armados a bordo de um veículo cinza sem identificação”, sob a justificativa de um “suposto interrogatório”, permanecendo preso desde então.
Já Sandoval foi preso na terça-feira por “agentes do regime de Nicolás Maduro”, e o partido alertou que ele é idoso e sofre de hipertensão, o que pode colocar sua saúde em risco.
Com essas prisões, o comitê do Vente Venezuela calcula que 169 dirigentes e ativistas seguem detidos, a maioria membros da principal coalizão de oposição — a Plataforma Unitária Democrática (PUD) —, considerados presos políticos. O grupo exige a “libertação imediata” dos detidos e o fim da “perseguição”.
Maduro nega presos políticos
Na última quinta-feira, Nicolás Maduro negou a existência de presos políticos na Venezuela. Ele afirmou que as pessoas detidas após a crise eleitoral de 28 de julho — em que foi declarado vencedor — foram responsáveis por ataques, ameaças, agressões e mortes.
Na semana passada, o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, denunciou que defensores de direitos humanos, líderes sindicais, jornalistas, membros da oposição e outros atores sociais continuam sendo alvo de ameaças e perseguições no país.
(Com informações da EFE)