Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, gerou polêmica nesta terça-feira (4) ao afirmar que a cocaína é ilegal não por ser mais perigosa do que o uísque, mas sim por ser produzida na América Latina. A declaração foi feita durante uma reunião ministerial transmitida ao vivo pelo canal do governo nas redes sociais, onde Petro desafiou as noções tradicionais sobre a guerra contra as drogas.
Segundo o líder colombiano, a ilegalidade da cocaína está intimamente ligada à sua origem na região latino-americana e não às características da substância em si. “A cocaína é ilegal porque é produzida na América Latina, não porque seja pior que o uísque”, disse Petro.
O presidente foi além e criticou o foco da política antidrogas dos Estados Unidos, sugerindo que o verdadeiro problema do país seria a proliferação do fentanil, uma droga sintética que tem causado um aumento significativo de mortes nos EUA. “A cocaína não é pior do que uísque, mas o que os Estados Unidos têm, o fentanil, isso sim que está matando as pessoas, e isso não é feito na Colômbia”, afirmou.
A declaração de Petro gerou reações acaloradas, com defensores da legalização das drogas argumentando que a abordagem do presidente poderia abrir um debate importante sobre a política global de controle de substâncias. No entanto, críticos levantaram questões sobre os efeitos que uma possível legalização da cocaína teria sobre a segurança pública e a saúde.
Esse pronunciamento vem em meio a um tenso embate diplomático entre Petro e o ex-presidente dos EUA, Donald Trump. O desentendimento surgiu quando o governo colombiano recusou um voo de deportados dos EUA devido ao uso de algemas e correntes, o que levou Washington a impor sanções contra a Colômbia. Em resposta, Bogotá anunciou a taxação de produtos estadunidenses.
Embora a situação tenha sido inicialmente tensa, Petro e Trump chegaram a um acordo, e a Colômbia se comprometeu a enviar o avião presidencial para buscar os deportados. Petro, no entanto, não desistiu de levantar o debate sobre a política migratória e chegou a sugerir uma reunião regional para discutir o tema, mas a proposta foi cancelada devido à falta de consenso entre os países da região.
