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Pelo menos 9 pessoas morreram e mais de 30 ficaram feridas nesta quarta-feira (23) em um ataque aéreo russo contra um ônibus de trabalhadores na cidade ucraniana de Márjanets, na região de Dnipropetrovsk.
O bombardeio foi realizado com um drone kamikaze, o que gerou uma nova onda de indignação internacional pelas táticas militares da Rússia.
Serguí Lisak, governador de Dnipropetrovsk, confirmou o trágico balanço, ressaltando em sua conta no Telegram que o número de mortos poderia aumentar nas próximas horas devido à gravidade de algumas lesões.
“Infelizmente, o número de mortos em Marganets aumentou. O ataque inimigo ceifou nove vidas. Minhas condolências aos familiares e amigos das vítimas”, publicou Lisak, após atualizar o relatório inicial, que mencionava sete mortos.
O governador detalhou que cerca de 30 pessoas também ficaram feridas no ataque, sendo que várias estão em estado grave.
O chefe do conselho regional de Dnipropetrovsk, Mikola Lukashuk, qualificou o ataque como um ato de terrorismo. “Os russos atacaram um ônibus de trabalhadores de uma empresa que estavam indo para o trabalho em Marganets”, disse Lukashuk em suas redes sociais.
Os trabalhadores, que viajavam no ônibus a caminho do trabalho, foram alvo de um ataque direto com drones, sem qualquer distinção entre combatentes e civis.
Esse ataque é apenas um de muitos em que a Rússia tem utilizado drones kamikazes para atacar infraestruturas civis na Ucrânia, uma estratégia que gerou condenações globais. Além disso, sistemas de defesa aérea ucranianos conseguiram derrubar quatro drones russos sobre a província de Dnipropetrovsk, embora o impacto de um deles tenha deixado duas pessoas feridas na localidade de Sinekniki.
Neste contexto, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, havia recentemente proposto uma moratória sobre os ataques com drones de longo alcance e mísseis contra infraestruturas civis. No entanto, o Kremlin rejeitou as negociações sobre a moratória, e Dmitri Peskov, porta-voz do presidente russo, afirmou que Vladimir Putin não tem planos concretos para discutir essa proposta, apesar de ter mostrado certa disposição para abordar o tema no futuro.
“Não há planos concretos, mas o presidente Putin confirmou sua disposição para discutir este tema”, declarou Peskov em coletiva de imprensa.
Paralelamente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que revelará os detalhes de um novo plano de paz nos próximos dias, enquanto o emissário americano Steve Witkoff viajará a Moscou para consultas sobre o conflito. No entanto, a crescente violência e a escalada dos ataques a civis na Ucrânia continuam sendo um obstáculo significativo para qualquer avanço nas negociações de paz.
Enquanto isso, a Ucrânia segue enfrentando ataques constantes, com a comunidade internacional cada vez mais preocupada com as táticas agressivas da Rússia, que continuam a ter um alto custo em termos de vidas humanas e estabilidade na região.
(Com informações da AFP e EFE)
