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Em uma sessão parlamentar repleta de tensão e reviravoltas, Friedrich Merz, líder da União Democrata Cristã/União Social Cristã (CDU/CSU), foi eleito chanceler da Alemanha nesta terça-feira, após uma primeira votação fracassada.
Na primeira tentativa, Merz não conseguiu a maioria absoluta necessária, ficando a seis votos do objetivo. O resultado inesperado gerou choque no Bundestag (Parlamento Alemão), já que a grande coalizão entre CDU/CSU e o Partido Social-Democrata (SPD) somava votos suficientes para garantir a eleição.
O líder do SPD, Lars Klingbeil, expressou surpresa e frustração com o resultado da primeira votação, que foi a primeira vez na história recente do país que um candidato a chanceler não foi eleito na primeira tentativa. “Algo falhou”, declarou Klingbeil.
Segundo relatos da imprensa alemã, dos 328 votos esperados para Merz na primeira votação, nove deputados abandonaram a câmara, três votaram em branco, um voto foi anulado e cinco votaram contra. A origem da dissidência dentro da coalizão ainda é objeto de especulação.
Na segunda votação secreta, Merz conseguiu reunir os apoios necessários, obtendo 325 votos afirmativos, 15 a mais do que na primeira rodada. Com isso, superou a maioria absoluta de 316 deputados necessária para ser eleito chanceler.
Possíveis Razões para o Fracasso Inicial:
Diversas teorias foram levantadas para explicar o fracasso inicial de Merz. Uma delas aponta para descontentamento dentro da própria CDU/CSU com a distribuição de cargos no novo governo. Outra possibilidade é que deputados do SPD tenham votado contra ou se abstido em protesto.
Também se especula que deputados de ambos os partidos tenham tentado impedir a eleição de Merz por motivos pessoais ou políticos. Alguns social-democratas, por exemplo, não perdoam o fato de Merz ter votado ao lado da extrema direita (AfD) em uma ocasião. Dentro da CDU/CSU, há relatos de insatisfação de membros que não receberam cargos no novo gabinete ou que discordam da mudança de posição de Merz sobre a limitação de gastos públicos.
O resultado da primeira votação expôs a fragilidade da coalizão de Merz e foi celebrado pela ultradireita, que se apresentou como uma alternativa de governo. Merz precisou negociar com outros partidos, incluindo o partido A Esquerda, com o qual havia declarado não querer colaborar, para garantir sua eleição na segunda rodada.
