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O Parlamento do Irã aprovou neste domingo (22) uma medida para fechar o Estreito de Ormuz, uma das rotas marítimas mais estratégicas do mundo para o transporte de petróleo, em resposta aos recentes bombardeios dos Estados Unidos contra três instalações nucleares em território iraniano. A informação foi divulgada pela mídia estatal iraniana.
Apesar da aprovação parlamentar, a decisão final sobre o fechamento da passagem marítima cabe ao Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã.
Localizado entre o Irã e Omã, o Estreito de Ormuz é considerado um ponto crítico do comércio global de petróleo, por onde passa cerca de um quinto do suprimento mundial da commodity. O fechamento da via poderia gerar impactos significativos na economia global, especialmente nos mercados asiáticos e nos Estados Unidos.
O Secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, reagiu à decisão durante entrevista à Fox News neste domingo. Ele afirmou que países asiáticos, como a China, deveriam pressionar o Irã a manter a rota aberta devido à sua dependência energética. Rubio classificou a medida como um “erro terrível”.
“Se fizerem isso, será mais um erro catastrófico. Seria suicídio econômico para o Irã. Temos opções para lidar com isso. Mas outros países também deveriam se preocupar. Isso prejudicaria ainda mais as economias deles do que a nossa. Seria uma escalada enorme, que exigiria uma resposta não apenas dos EUA, mas de outras nações também”, disse o secretário durante o programa Sunday Morning Futures.
A crise se agravou na noite de sábado (21), quando o presidente Donald Trump anunciou que os Estados Unidos haviam bombardeado três instalações nucleares iranianas localizadas em Natanz, Isfahan e Fordow — esta última construída no interior de uma montanha. Segundo relatos, seis bombas “bunker buster” foram lançadas sobre Fordow, enquanto mais de duas dezenas de mísseis Tomahawk atingiram os demais alvos.
Em um pronunciamento breve após os ataques, Trump alertou que novas ofensivas poderão ocorrer caso “a paz não venha rapidamente”. Segundo a Casa Branca, os bombardeios foram um “grande sucesso”, embora ainda não haja confirmação sobre o real impacto nas instalações ou sobre quanto o ataque atrasou o programa nuclear iraniano.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, criticou duramente os ataques e acusou Washington de “explodir a diplomacia” ao optar por bombardear o país ao lado de Israel. “Isso terá consequências eternas”, advertiu o chanceler iraniano.
Os bombardeios marcam a entrada formal dos EUA no conflito iniciado por Israel duas semanas atrás, ampliando o risco de uma escalada regional de grandes proporções.
