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O Líder Supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, reapareceu publicamente nesta quarta-feira (25) para “celebrar” o que classificou como uma “vitória da República Islâmica” sobre Estados Unidos e Israel, após doze dias de intensos confrontos na região.
Khamenei afirmou que o Irã desferiu “um duro golpe” nos Estados Unidos ao atacar e danificar a base aérea de Al-Udeid, localizada no Catar e considerada estratégica para as operações americanas no Oriente Médio.
“A República Islâmica desferiu um duro golpe nos Estados Unidos. Atacou e danificou a base aérea de Al-Udeid, uma das bases americanas chave na região”, escreveu o líder iraniano.
Khamenei também garantiu que a entrada direta dos Estados Unidos no conflito não alcançou seu objetivo de proteger Israel, a quem qualificou como um “regime sionista praticamente nocauteado e esmagado” sob os ataques iranianos.
“O regime americano entrou diretamente na guerra porque acreditava que, se não o fizesse, o regime sionista seria completamente destruído. Entrou na guerra para tentar salvá-lo, mas não conseguiu nada”, sentenciou.
A publicação conclui com uma reafirmação ideológica: “Ofereço minhas felicitações pela vitória sobre o falaz regime sionista”.
Versões Conflitantes sobre o Programa Nuclear Iraniano
As declarações de Khamenei ocorrem após uma escalada sem precedentes entre Irã e Israel, que incluiu ataques cruzados com mísseis e drones, e culminou com um operativo conjunto de Estados Unidos e Israel. Segundo fontes ocidentais, esses ataques teriam provocado danos significativos em pelo menos três instalações nucleares iranianas.
Enquanto a comunidade internacional pede contenção e um retorno à diplomacia, Khamenei redobra seu discurso de resistência e celebra o que seu regime apresenta como uma demonstração de força contra seus inimigos históricos.
No entanto, o diretor da CIA, John Ratcliffe, afirmou nesta quarta-feira que a agência de inteligência americana obteve “um conjunto de provas críveis” que indicam que o programa nuclear iraniano sofreu um dano severo após os recentes ataques lançados pelos Estados Unidos. Segundo a declaração oficial, a informação provém de fontes tradicionalmente confiáveis e sugere que várias instalações-chave foram destruídas e que sua reconstrução poderia levar anos.
Essas afirmações chegam em meio a uma disputa interna no governo americano sobre o verdadeiro impacto dos ataques. Apenas um dia antes, um relatório preliminar da Agência de Inteligência de Defesa (DIA), elaborado 24 horas após o bombardeio, sugeria que a ofensiva teria atrasado o programa nuclear do Irã por apenas “alguns meses”. A Casa Branca rejeitou imediatamente esse relatório e o qualificou como “errôneo”.
O presidente Donald Trump, cuja administração autorizou os ataques, insistiu publicamente que as instalações iranianas foram “aniquiladas”. Nesta quarta-feira, na cúpula da OTAN, ele reiterou que os ataques destruíram a capacidade do Irã de produzir uma arma nuclear, e que agora o regime “deveria começar do zero”.
Tulsi Gabbard, diretora de Inteligência Nacional, também corroborou essa versão. Em uma publicação no X (antigo Twitter), ela afirmou que a nova inteligência confirma o que disse Trump e assegurou que as instalações em Natanz, Fordow e Isfahan “foram destruídas” e que reconstruí-las levaria anos. No entanto, ela não apresentou provas que apoiassem suas declarações.
O governo de Israel celebrou as novas conclusões da CIA como uma validação de sua própria campanha de ataques preventivos. “É uma clara confirmação de que a operação alcançou seu objetivo estratégico”, disse um porta-voz do Ministério da Defesa. Israel realizou ataques contra o Irã nas últimas semanas, sob a convicção de que Teerã estava perto de cruzar o limiar nuclear.
