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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que Israel e o grupo Hamas chegaram a um acordo para um intercâmbio de reféns por prisioneiros, marcando a primeira fase de um plano global para encerrar a guerra em Gaza apresentado pelo mandatário americano.
Em publicação nas redes sociais, Trump afirmou:
“Me enorgullece anunciar que Israel y Hamás han firmado la primera fase de nuestro Plan de Paz. Esto significa que todos los rehenes serán liberados muy pronto e Israel retirará sus tropas a una línea acordada como primer paso hacia una paz sólida, duradera y duradera. ¡Todas las partes recibirán un trato justo!”
Traduzindo:
“Tenho orgulho em anunciar que Israel e o Hamas assinaram a primeira fase do nosso Plano de Paz. Isso significa que todos os reféns serão libertados em breve, e Israel retirará suas tropas para uma linha acordada como primeiro passo rumo a uma paz sólida e duradoura. Todas as partes receberão um tratamento justo!”
Trump destacou ainda:
“Este é um GRANDE dia para o mundo árabe e muçulmano, Israel, todas as nações vizinhas e os Estados Unidos da América, e agradecemos aos mediadores do Catar, Egito e Turquia, que trabalharam conosco para tornar este evento histórico e sem precedentes uma realidade. BENDITOS SEJAM OS CONSTRUTORES DE PAZ!”
Pouco depois da publicação, os mediadores confirmaram o acordo. O Al-Qahera News, ligado aos serviços de inteligência egípcios, informou que
“esta noite se alcançou um acordo sobre todos os termos e mecanismos para a implementação da primeira fase do acordo de cessar-fogo em Gaza”.
O acordo, que será assinado nesta quinta-feira (9) no Egito, prevê que Hamas libere nos próximos 3 dias cerca de 20 reféns vivos e que o exército israelense se retire do território palestino. Durante as negociações, o grupo terrorista apresentou uma lista de prisioneiros palestinos que deseja libertar na primeira fase da trégua.
Em contrapartida, o Hamas se comprometeu a entregar os 47 reféns restantes, vivos ou mortos, capturados durante o ataque de 7 de outubro de 2023 a Israel, que deu início à guerra.
Trump declarou à imprensa que é provável que viaje ao Egito nos próximos dias:
“Não decidimos exatamente. Provavelmente irei ao Egito, onde todos estão reunidos agora. Agradecemos muito, mas estarei fazendo a ronda, como costuma-se dizer.”
O plano de Trump recebeu apoio público do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, embora horas depois Netanyahu tenha esclarecido que não apoiará a criação de um Estado palestino e que tropas israelenses permanecerão “na maior parte” de Gaza, gerando dúvidas sobre a aplicabilidade do plano.
A guerra começou em 7 de outubro de 2023, quando milicianos do Hamas atacaram Israel, matando cerca de 1.200 pessoas, em sua maioria civis, e sequestrando 251 reféns. Israel respondeu com uma campanha militar que devastou grande parte do enclave. Segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, considerado confiável pela ONU, mais de 67 mil palestinos morreram e cerca de 170 mil ficaram feridos, com metade das vítimas sendo mulheres e crianças.
Além de Israel e Hamas, as negociações no Egito incluem representantes de outros grupos regionais, como a Jihad Islâmica e o Frente Popular para a Libertação da Palestina. A população local vive entre esperança e incerteza, especialmente na região de Al-Mawasi, no sul de Gaza, onde foram registradas celebrações após o anúncio do acordo.
O principal negociador do Hamas, Khalil al-Hayya, afirmou que o grupo busca “garantias do presidente Trump e dos países patrocinadores para que a guerra termine definitivamente”. Alguns mediadores informaram que Hamas liberará imediatamente todos os reféns vivos, enquanto a entrega dos restos será feita posteriormente, conforme as condições em Gaza permitirem.
O plano de paz apoiado pelos Estados Unidos prevê cessar-fogo imediato, retirada gradual das forças israelenses, condicionada ao desarme do Hamas, e posteriormente o controle do enclave por um corpo internacional de segurança, coordenado por Trump e pelo ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair.
(Com informações da AFP)
