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O Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (10) a criação de uma nova força conjunta antinarcóticos na área de responsabilidade do Comando Sul (SOUTHCOM), responsável por 31 países da América do Sul, América Central e Caribe, incluindo operações contra embarcações suspeitas de transporte de drogas, informou o chefe do Pentágono, Pete Hegseth.
“O recado é claro: se traficarem drogas em direção às nossas costas, vamos detê-los imediatamente”, declarou Hegseth em postagem na rede X.
O anúncio ocorre em meio ao aumento das tensões na região, após ataques de forças norte-americanas a lanchas próximas à costa da Venezuela, supostamente carregadas com narcóticos. O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou na quinta-feira (9) que as embarcações eram “como um vagão de metrô carregado de drogas” e que cada carga poderia ter matado 25 mil norte-americanos.
“As drogas não estão mais entrando por água. Na verdade, nem conseguimos mais localizar os barcos no mar”, disse Trump em reunião do gabinete. Ele acrescentou que cada embarcação interceptada poderia matar “25 mil americanos” com o conteúdo transportado, embora o Pentágono não tenha divulgado detalhes sobre os carregamentos nem organizado coletivas de imprensa sobre os ataques.
“Lançamos uma campanha histórica para recuperar nossa nação de gangues, criminosos violentos reincidentes, imigrantes ilegais que violam a lei, extremistas domésticos e cartéis sedentos de sangue”, afirmou o presidente.
Desde 2 de setembro, quando ocorreu o primeiro ataque, pelo menos cinco lanchas foram destruídas no Caribe. De acordo com autoridades norte-americanas, 21 pessoas acusadas de tráfico de drogas morreram nos confrontos. Trump vinculou todos os passageiros das embarcações a narcotraficantes tentando levar drogas da Venezuela para os EUA.
O Senado dos Estados Unidos rejeitou na quarta-feira (8) uma proposta de legisladores democratas que buscava impedir ataques ordenados por Trump em águas do Caribe sem autorização do Congresso. A iniciativa recebeu apoio dos republicanos, e a campanha do presidente seguiu em frente.
Os Estados Unidos já deslocaram para a região oito navios de guerra, um submarino nuclear de ataque rápido e mais de 4.500 soldados, como parte da operação no mar do Caribe.
Pedido de apoio de Granada
O Ministério de Relações Exteriores de Granada informou nesta quinta-feira (9) que os EUA solicitaram o alojamento de pessoal e equipamentos militares no país, incluindo a instalação temporária de radares e equipe técnica no Aeroporto Internacional Maurice Bishop.
O governo granadino destacou que a solicitação está sendo cuidadosamente analisada pelos Ministérios de Segurança Nacional, Assuntos Jurídicos e Relações Exteriores, em coordenação com a Autoridade Aeroportuária e outras agências competentes.
“A decisão será tomada somente após a conclusão de todas as avaliações técnicas e legais”, afirmou a nota. “Garantimos aos nossos cidadãos que qualquer medida será guiada pela soberania, segurança pública e interesse nacional de Granada, incluindo a proteção do turismo, dos viajantes e do bem-estar econômico do país.”
(Com informações da EFE)