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Um dos reféns libertados pelo Hamas nesta segunda-feira (13) foi o jovem Evyatar David, que enfrentou um dos mais bárbaros abusos no cativeiro: ser forçado a cavar a própria cova. Após mais de 700 dias de horror, David se reuniu com seus pais em um reencontro tomado por alegria e incredulidade.
David, de 24 anos, estava entre os últimos 20 reféns vivos libertados como parte do acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas. Ele foi sequestrado durante o ataque terrorista de 7 de outubro de 2023 no festival de música Nova.
“O Túmulo Onde Serei Enterrado”
O sofrimento de David se tornou público por meio de um vídeo chocante divulgado pelos captores, que horrorizou aqueles que oravam pelo seu retorno seguro.
Na filmagem, o refém, visivelmente esquelético, afirmou que não comia há dias e mostrou o buraco que havia sido forçado a cavar para si mesmo:
“Este é o túmulo onde eu acho que serei enterrado. O tempo está se esgotando,” disse David.
A divulgação da gravação gerou uma onda de indignação e levou milhares de israelenses a se manifestarem, exigindo um cessar-fogo imediato para salvar a vida dos cativos.
O trauma do cativeiro foi contrastado pela alegria do retorno. Evyatar David foi fotografado com um enorme sorriso e as mãos na cabeça em descrença ao ser finalmente entregue em Israel.
As fotos mais emocionantes mostram David abraçando os pais, Avishai e Galia. O pai do jovem já havia expressado o desejo da família ao Channel 12: eles mal podiam esperar para “abraçar, cheirar e respirar” o filho.

O refém israelense libertado Evyatar David, mantido em Gaza desde o ataque mortal do Hamas em 7 de outubro de 2023, se reúne com seus pais, Avishai e Galia. via REUTERS
Em outras imagens, David mal conseguia conter a felicidade ao chegar ao Hospital Beilinson, na região central de Israel.
Celebração e Fim da “Era de Terror”
Enquanto Israelenses e Gazenses celebram o acordo de paz mediado pelos Estados Unidos, o presidente americano, Donald Trump, celebrou o “fim de uma era de terror e morte”.
Além do retorno dos reféns vivos, o acordo também prevê a devolução dos corpos dos 28 reféns falecidos, para que possam receber um funeral adequado, trazendo algum tipo de encerramento para o trauma nacional.