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Wall Street abriu em baixa nesta sexta-feira (11), após o governo da China elevar para 125% as tarifas sobre produtos provenientes dos Estados Unidos. Nas primeiras negociações, os principais índices operaram no vermelho, revertendo brevemente para o verde antes de retornarem à queda, refletindo a volatilidade que tem caracterizado os mercados em outras partes do mundo.
Por volta das 13h00 (horário de Brasília), o S&P 500 mostrava recuperação, com alta de 0,58%, enquanto o Dow 30 subia 0,41% e o Nasdaq avançava 0,82%. No mercado de commodities, o petróleo registrava alta de 0,90% e o ouro disparava 2,51%.
Enquanto isso, as principais bolsas europeias fecharam majoritariamente em queda. A bolsa de Frankfurt recuou 0,92%, Paris cedeu 0,30%, Milão perdeu 0,73% e Madri caiu 0,18%. A bolsa de Londres, no entanto, contrariou a tendência e fechou com alta de 0,64%.
As principais bolsas da Ásia iniciaram o dia no vermelho, com Tóquio liderando as perdas com mais de 5%. No entanto, a sessão foi marcada por volatilidade, com as perdas se moderando ao longo do dia e chegando a ser revertidas na China continental e em Hong Kong, em meio à incerteza global gerada pela crescente guerra comercial.
O principal índice da Bolsa de Tóquio, o Nikkei, abriu com uma queda superior a 5%, com investidores realizando lucros após a alta de mais de 9% na sessão anterior, impulsionada por uma trégua tarifária. Contudo, o índice conseguiu amortecer a queda e fechou em baixa de 2,96%, ou 1.023,42 pontos, atingindo 33.585,58 pontos.
Ações de grandes empresas japonesas, como a montadora Toyota e a gigante de tecnologia e entretenimento Sony, sofreram depreciação de 4,83% e 7,04%, respectivamente.
Na Coreia do Sul, o índice de referência da Bolsa de Seul, o Kospi, recuou 0,5%, ou 12,34 pontos, fechando em 2.432,72 pontos, após abrir com uma queda de 2%.
Em Hong Kong, o principal indicador, o Hang Seng, iniciou o dia em baixa de 0,6%, mas reverteu a tendência e fechou no positivo, com uma valorização de 1,13%, ou 232,91 pontos, alcançando 20.914,69 pontos. Vale lembrar que o Hang Seng havia sofrido uma forte queda de 13,2% no início da semana, a maior retração desde 2008.
China Eleva Tarifas sobre Produtos dos EUA para 125%
A China anunciou nesta sexta-feira que aumentará de 84% para 125% as tarifas sobre todos os produtos importados dos Estados Unidos, em resposta às últimas taxas aprovadas por Washington.
A medida, que entrará em vigor no sábado, 12 de abril, foi confirmada pelo Comitê de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado em um comunicado oficial. O órgão condenou a política comercial americana por “violar gravemente as normas do comércio internacional” e por aplicar “uma política unilateral de assédio e coerção”.
“Os Estados Unidos ignoraram a ordem econômica global que ajudaram a construir após a Segunda Guerra Mundial”, afirmou o comunicado, acrescentando que a China “condena energicamente” as últimas medidas e que sua paciência tem limites.
“Se Washington insistir em infligir danos substanciais aos interesses da China, esta responderá com firmeza e o acompanhará até o final”, alertou o texto oficial.
Apesar do tom severo, Pequim ressaltou que as tarifas já retiraram os produtos americanos do mercado chinês, tornando qualquer aumento adicional economicamente sem sentido, “irrelevante” e “uma piada na história da economia mundial”, segundo o comunicado.
Essa ação da China ocorre dois dias após Pequim elevar de 34% para 84% as tarifas sobre bens americanos, em retaliação à sobretaxa de 50% imposta por Trump aos produtos chineses. Washington respondeu elevando ainda mais as tarifas para 125%, o que, somado a cargas anteriores, totaliza uma taxação acumulada de 145% sobre as importações chinesas.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lin Jian, afirmou nesta sexta-feira que seu país “não deseja uma guerra comercial, mas não a teme”, e exigiu que Washington “abandone as pressões” se realmente busca resolver as tensões “pela via do diálogo”.
Segundo Lin, as contramedidas de Pequim “não apenas protegem seus próprios interesses legítimos, mas também salvaguardam a ordem internacional e os direitos de todos os países afetados pelo unilateralismo americano”.
A China já havia advertido que não permitirá que lhe sejam impostas condições desiguais em futuras negociações, e que qualquer diálogo “deve se basear na igualdade e no respeito mútuo”.
(Com informações de agências)
