General Mourão disse, em entrevista ao Huffpost Brasil, que discorda do uso da palavra “ditadura” quando se fala sobre o regime militar no Brasil, que durou de 1964 a 1984.
“Vamos colocar a coisa da seguinte forma: em primeiro lugar eu discordo do termo ‘ditadura’ para o período de presidentes militares. Para mim foi um período autoritário, com uma legislação de exceção, em que se teve que enfrentar uma guerrilha comunista e que terminou por levar que essa legislação vigorasse durante dez anos”, afirmou o vice presidente.
Mourão também foi questionado sobre as declarações de Eduardo Bolsonaro e Paulo Guedes sobre o AI-5:
“Eu acho que não tem nada a ver. Acho que não foram felizes nas observações que fizeram. O Ato Institucional número 5 surgiu fruto de uma situação que se vivia aqui no país no final dos anos 60. Foi o grande instrumento autoritário que os presidentes militares tiveram à mão. É importante que depois se pesquise quantas vezes ele foi utilizado efetivamente durante os dez anos que ele vigorou. Porque muitas vezes se passa a ideia que todo dia alguém era cassado, alguém era afastado. E não funcionou dessa forma.”
“É importante ainda que a história venha à luz de forma correta.”, afirmou.