Na quarta-feira (22), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou que a Corte atualmente enfrenta desafios “inusitados” são eles: “enfrentar a irracionalidade” e “ter, muitas vezes, que lutar pelo óbvio”.
O decano foi homenageado durante a sessão do plenário por seus 20 anos como ministro da corte. Mendes está no STF desde 2002, quando deixou o comando da Advocacia-Geral da União (AGU) e assumiu a cadeira do ministro Néri da Silveira, após indicação do presidente FHC.
Em seu discurso, Gilmar disse que não falaria de si, mas, sim, do Supremo Tribunal Federal:
“O protagonista da minha fala é o Supremo Tribunal Federal. Supremo Tribunal Federal que enfrenta um desafio dos mais inusitados, na quadra que atravessamos: o desafio de precisar enfrentar a irracionalidade, o desafio de ter, muitas vezes, que lutar pelo óbvio”.
O decano da Corte também afirmou que, ao longo desses 20 anos, vem observando a adoção do termo “ativismo judicial” para classificar a atuação do Supremo, mas que a Constituição prevê que “praticamente todas as controvérsias constitucionais relevantes” sejam submetidas à Corte.
“Devem ser motivo de orgulho os inúmeros julgados deste Supremo Tribunal Federal que somaram esforços para o aperfeiçoamento da governança administrativa e da governabilidade política do país”, afirmou.