Nesta sexta-feira (26), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, defendeu a decisão de Alexandre de Moraes que autorizou operação da Polícia Federal (PF) contra empresários pró-Bolsonaro.
Moraes autorizou a PF a cumprir mandados de busca e apreensão contra oito empresários que foram acusado de defender golpe de Estado em um grupo de WhatsApp.
“Tenho confiança que o ministro Alexandre se louvou de informações consistentes e que não cometeu nenhum ato abusivo, e isso ficará esclarecido”, disse Gilmar em entrevista a jornalistas após participação em evento do grupo Lide no Rio de Janeiro.
Embora a operação esteja sob sigilo, Gilmar declarou que há uma “grande incompreensão” com relação à decisão de Moraes.
“Daqui a pouco vão revelar todos os fundamentos, as investigações estão em curso”, afirmou.
Ao ser questionado se conversas em grupos de WhatsApp podem ser consideradas crime, Gilmar destacou que diálogos preparatórios para atos criminosos devem ser enfrentados.
“Se as pessoas iniciam atos preparatórios para fazer um ataque a uma instituição ou um ato terrorista não é uma mera conversa. Por isso acho bom a gente esperar um pouco“, afirmou.
O ministro do STF admitiu que no 7 de Setembro, quando devem ocorrer manifestações de apoio a Bolsonaro em vários locais do país, o STF será novamente alvo de críticas.
No entanto, ele disse considerar as manifestações populares naturais sobre um tribunal que limita poderes.