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O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou na quarta-feira (24) que a luta contra a fome será a principal prioridade do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A fala foi feita durante o lançamento do relatório “O Estado da Segurança Alimentar e da Nutrição no Mundo” (SOFI, na sigla em inglês), que serve de base para o Mapa da Fome.
O evento coincidiu com a reunião ministerial que marcará o início da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, uma iniciativa promovida pela presidência brasileira do G20.
“Acabar com a fome é a principal bandeira do nosso governo”, afirmou o ministro de Lula, ressaltando que, em 2020, ano que começou a pandemia da Covid-19, o Brasil voltou ao Mapa da Fome.
O relatório é elaborado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em colaboração com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (WFP) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com cálculos governamentais, baseados nos dados da FAO, em 2023 o país registrou uma redução de 85% no índice de insegurança alimentar severa em comparação a 2022. No entanto, o relatório apresenta os números apenas por triênio, sem detalhamento anual.
Entre 2021 e 2023, o número de brasileiros que enfrentaram insegurança alimentar grave, ou seja, que passaram fome, foi de 14,3 milhões. No período de 2020 a 2022, esse número era de 21,1 milhões.
Além disso, o relatório indica que 39,7 milhões de pessoas sofreram com insegurança alimentar moderada no último triênio, o que significa que tiveram algumas dificuldades para acessar alimentos. Entre 2020 e 2022, esse número era de 70,3 milhões.