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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, nesta segunda-feira (17), a atuação das redes sociais e destacou a necessidade de regulamentação para as plataformas digitais no Brasil. Durante a solenidade de posse do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Lula apontou que as grandes empresas de tecnologia, as chamadas “big techs”, apresentam uma “concentração de poder sem precedentes” e operam sem respeitar as fronteiras e jurisdições nacionais.
“Precisamos reconstruir as bases da nossa democracia, promover a justiça social e combater as desigualdades que ainda assolam a nossa nação. Se os problemas decorrentes de tristes heranças de nosso passado não morreram, nos deparamos com desafios civilizatórios típicos de nosso tempo. Quero destacar a desinformação e a propagação do ódio nas redes sociais, diante de falta de regulamentação adequada, temos observado uma tendência de concentração de poder sem precedentes nas oligarquias digitais”, afirmou o presidente.
Lula também chamou atenção para o “poder absolutista” das big techs, que, segundo ele, “desconhece fronteiras e julga as jurisdições nacionais”. Para o presidente, é urgente criar um “arcabouço jurídico robusto” para promover uma concorrência justa e proteger grupos vulneráveis, como crianças, mulheres e minorias. “É preciso assegurar que todos tenham acesso equitativo e que estejamos todos protegidos da ameaça de uma nova forma de colonialismo, o chamado colonialismo digital”, completou.
O evento contou com a presença de autoridades, incluindo os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, além de outros representantes das instituições democráticas. Na ocasião, Beto Simonetti foi reconduzido ao comando da OAB.
