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A oposição ao governo Lula na Câmara dos Deputados intensificou a mobilização para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar o esquema de fraudes bilionárias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A articulação ganhou força após a Polícia Federal revelar um esquema que pode ter desviado mais de R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas.
A estratégia da oposição, que inclui o PL e outras siglas de minoria, é concentrar esforços na próxima semana para angariar o número necessário de assinaturas para formalizar a CPI, que tem sido apelidada de “CPI do Roubo dos Aposentados”. Para a instalação da comissão, são necessárias 171 assinaturas, mas até o momento, o requerimento liderado pelo deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) conta com 87 apoios.
Mesmo com o número mínimo de assinaturas, a instalação da CPI depende da decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). No pedido de criação da CPI, Chrisóstomo destaca a gravidade dos desvios, que atingem diretamente idosos e pessoas com dificuldades de locomoção. “Estamos falando de idosos, pessoas em cadeira de rodas, gente que não consegue sequer sair da cama. Estamos falando de um roubo bilionário contra os que mais precisam”, afirmou o deputado. “Precisamos investigar todos os envolvidos nesse esquema criminoso contra o INSS”, completou.
A Polícia Federal investiga um esquema de cobranças não autorizadas de mensalidades associativas sobre aposentadorias e pensões de beneficiários do INSS. A operação, que cumpriu centenas de mandados em diversos estados e no Distrito Federal, apura prejuízos que podem ultrapassar R$ 6 bilhões entre 2019 e 2024.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, confirmou que as investigações continuam em andamento, enquanto a Advocacia-Geral da União (AGU) criou um grupo de trabalho para buscar a reparação dos danos causados.
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, confirmou sua participação em duas comissões do Congresso Nacional nesta terça-feira (29), agendas já previstas antes da divulgação das fraudes. No Senado, a oposição planeja aprovar um requerimento de convocação para que Lupi retorne e preste esclarecimentos específicos sobre o esquema.
