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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na manhã desta quarta-feira (25), em meio às críticas à política econômica do governo e à expectativa de que a Câmara dos Deputados derrube um decreto que eleva o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Durante cerimônia no Ministério de Minas e Energia, onde foi anunciado o aumento da mistura de etanol na gasolina e de biodiesel no diesel, Lula não mencionou diretamente a votação na Câmara, mas fez questão de reforçar a confiança no titular da Fazenda. “Vocês sabem da seriedade com que o Haddad trata a economia”, afirmou o presidente.
A sessão que pode revogar o decreto da equipe econômica foi colocada na pauta pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), o que causou desconforto dentro do governo. A medida visa reverter o aumento do IOF, adotado por Haddad com o objetivo de reforçar a arrecadação e melhorar o equilíbrio fiscal.
Sem citar diretamente o projeto em análise, Lula criticou os ataques à política econômica e ironizou a falta de memória sobre períodos de crescimento. “Esse país nunca se deu uma chance. A cada ano está pior. Eu poderia perguntar para os empresários aqui, nesses últimos 15 anos, qual foi o melhor momento da economia brasileira? Quem é que lembra? O melhor momento da economia brasileira é exatamente na minha volta em 2023, em 2024 e vai ser em 2025”, disse.
O presidente também rebateu críticas à carga tributária e defendeu as decisões do governo: “Nossa carga tributária é menor do que em 2011. Mesmo assim, eu estou cansado de ver empresário falar da carga tributária. Só não fala dos R$ 860 bilhões fiscais de desoneração”.
Lula ainda questionou os números sobre o déficit público e disse que não precisa de consultoria internacional para conduzir a política fiscal. “Qual é o momento em que cresceu mais a rentabilidade de vocês? A massa salarial? A inflação estava tão bem controlada? Qual é o déficit? Muitas vezes o que tem é déficit de compreensão e de acreditar nesse país. Eu não preciso de nenhum técnico do FMI para dizer para mim o que é responsabilidade fiscal”, disparou.
Por fim, o petista afirmou que “seriedade” na condução econômica não significa adotar soluções fáceis. “Seriedade não é fazer mágica, porque sei que, se errar, o tombo pode ser pior”, concluiu.
