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Na quarta-feira (19), a presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Maria Thereza de Assis Moura, negou um pedido de liberdade apresentado por Sergey Vladimirovich Cherkasov, cidadão russo apontado por autoridades como espião de Putin.
Cherkasov foi detido em abril de 2022 na Holanda ao tentar entrar no país com um passaporte brasileiro em nome de Viktor Muller Ferreira.
De acordo com as autoridades da Holanda, Cherkasov planejava trabalhar no Tribunal Penal Internacional, em Haia, para investigar supostos crimes de guerra cometidos na Ucrânia.
O russo foi deportado para o Brasil após os serviços de inteligência da Holanda identificarem que ligação com o serviço da GRU, órgão de espionagem dos militares russos.
Em solo brasileiro, Cherkasov foi preso preventivamente e se tornou alvo de denúncia do Ministério Público Federal (MPF).
Em julho de 2022, o russo foi condenado pela Justiça Federal de SP a 15 anos de prisão por uso de documento falso.
Segundo o MPF, entre 2012 e 2022, Cherkasov usou documentos em nome de Viktor Muller Ferreira para entrar e sair do Brasil por 15 vezes.
A 1º entrada do russo no Brasil aconteceu em 2010, ainda com a sua documentação original. Pouco depois, Cherkasov deixou o país já usando documentos em nome de Ferreira.
A defesa do espião russo argumentou ao STJ que ele aguarda julgamento de recurso contra condenação da Justiça Federal e que o tempo da prisão preventiva seria excessivo.
Thereza, que responde pelos processos do STJ durante o recesso Judiciário, avaliou que a extrapolação dos chamados prazos processuais não levam a um relaxamento automático da prisão do espião.