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A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, determinou que o presidente Jair Bolsonaro seja notificado para, querendo, apresentar explicações no prazo de 15 dias sobre declarações que fez sobre a procuradora da República Monique Cheker Mendes, em uma entrevista.
A decisão foi em março, mas apenas nesta semana foi publicada no sistema da Corte.
De acordo com a ação, em janeiro deste ano, em entrevista concedida ao programa “Pingos nos Is”, Bolsonaro afirmou que a procuradora tentou forjar provas numa acusação de crime ambiental.
“A senhora Mônica Cheker (sic) tentou levar avante contra mim, quase tudo pega, levando essa proposta fraudando provas. Inclusive eu lembro muito bem na…. prometo trazer semana que vem isso aí… essa troca de mensagens entre os procuradores… onde ela procurou uma pessoa da UERJ para dar um laudo, mesmo eu não estando lá nesse dia, para dar um laudo que foi alegada também da nossa parte a insignificância”, disse Bolsonaro.
De acordo com a procuradora, com a declaração ficou a impressão de que “a acusação formulada pelo MPF teria sido urdida, montada ou fabricada com base em elementos de prova inexistentes ou fraudulentos”.
“Ao assacar diretamente contra a honra da interpelante não informou quais seriam os supostos elementos de prova forjados nem quem seria a pessoa vinculada à UERJ que teria sido procurada para ‘dar um laudo’, como afirmou em sua fala, de modo que a entrevista, no ponto, se mostra vaga, imprecisa e nebulosa, a exigir melhor explicação para possibilitar uma melhor avaliação sobre futura propositura ou não de ação penal privada”, afirmou.