Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. A ex-diretora do Conjunto Penal de Eunápolis, no sul da Bahia, Joneuma Silva Neres, de 33 anos, foi denunciada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) por corrupção, envolvimento com facções criminosas e favorecimento de uma fuga em massa que resultou na evasão de 16 detentos em dezembro de 2023. Entre os fugitivos está Ednaldo Pereira Souza, conhecido como “Dadá”, apontado como líder do Primeiro Comando de Eunápolis (PCE) e com quem Joneuma teria mantido um relacionamento amoroso dentro da unidade. De acordo com depoimentos de presos e do ex-coordenador de segurança Wellington Oliveira Sousa, a ex-diretora autorizava a entrada irregular de itens como roupas, ventiladores e até sanduicheiras para detentos ligados à facção. Ela também permitia visitas sem inspeção e encontros frequentes e privados com Dadá, na sala de videoconferência da unidade, sempre a sós. Além de Joneuma e Wellington, outras 16 pessoas foram denunciadas. A fuga, segundo a investigação, foi facilitada por decisões da ex-diretora. Detentos aliados de Dadá foram colocados na mesma cela, onde usaram uma furadeira para abrir um buraco no teto. Mesmo após relatos de barulho por agentes, a direção só agiu dois dias depois. A ferramenta usada na fuga teria sido guardada por Joneuma em sua sala e levada posteriormente para sua casa.
As investigações também apontam que Joneuma teria recebido R$ 1,5 milhão da facção criminosa, o que sua defesa nega. “Em nenhum momento, ela recebeu qualquer tipo de valor”, disse o advogado Artur Nunes. Ele afirmou ainda que benefícios eram concedidos “para manter a ordem” na unidade prisional. Presidente da unidade por nove meses, Joneuma foi a primeira mulher a ocupar o cargo no estado. Quando foi presa, em janeiro, estava grávida. O bebê, que nasceu prematuro, permanece com ela na cela do Conjunto Penal de Itabuna.
Em paralelo, a ex-diretora move ação judicial contra o ex-deputado federal Uldurico Alencar Pinto, alegando que ele seria o pai da criança. O político, que já foi visto em visitas suspeitas à unidade penal, nega irregularidades e afirma querer fazer um teste de DNA. Segundo as investigações, após a fuga, Joneuma planejava fugir para o Rio de Janeiro e se reencontrar com Dadá. Um dos fugitivos foi preso em fevereiro com uma pistola. Ele contou ter ido para a favela da Rocinha, onde se encontrou com outros foragidos.
A Secretaria de Administração Penitenciária da Bahia declarou que não compactua com privilégios e colabora com a Justiça. Telegram: [link do Telegram]
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