Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
Manifestantes e policiais militares entraram em confronto na tarde desta quarta-feira (14) na região da Favela do Moinho, no centro de São Paulo. A manifestação bloqueou a Avenida Rio Branco, uma das principais vias da região, e obrigou a intervenção da Polícia Militar, que utilizou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar o protesto — medida considerada padrão pela corporação.
Esse foi o terceiro dia consecutivo de protestos na área, motivados pela demolição de casas e remoção de moradores da favela. Apesar da recomendação do governo federal para suspender as ações, o governo de São Paulo informou que seguirá com os trabalhos. O terreno da Favela do Moinho pertence à União.
As remoções começaram em 22 de abril e as demolições tiveram início na última segunda-feira (12). No mesmo dia, moradores protestaram contra a derrubada dos imóveis, e o número de famílias reassentadas foi atualizado pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e Habitação: até o momento, 168 famílias já foram realocadas.
Segundo o governo estadual, 752 famílias aderiram ao processo de reassentamento, o que representa 88% do total. Destas, 599 já estão habilitadas a assinar contrato e receber as chaves dos novos imóveis assim que estiverem prontos. Ao todo, 548 famílias já escolheram o novo destino ou optaram por receber uma Carta de Crédito Individual para buscar uma casa no mercado.
Mesmo após o confronto desta quarta-feira, a Avenida Rio Branco foi liberada e a operação da Linha 8-Diamante da CPTM segue normalizada. Mais cedo, entulhos foram jogados sobre os trilhos, mas o serviço de trens não chegou a ser interrompido. Agentes da PM seguem posicionados na entrada da comunidade.
