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O futuro dos chips está à beira de uma transformação significativa, impulsionada pelo crescimento da Inteligência Artificial (IA). Com a demanda crescente por chips capazes de treinar modelos de IA mais rapidamente e operá-los em dispositivos como smartphones e satélites, governos, grandes empresas de tecnologia e startups estão em uma corrida para dominar o mercado de semicondutores. A série “What’s Next” da MIT Technology Review explora como essas forças moldarão a fabricação de chips e as tecnologias que elas habilitarão.
Leis dos CHIPS ao redor do mundo
Nos arredores de Phoenix, TSMC e Intel estão construindo campi no deserto com financiamento significativo do governo dos EUA, incluindo US$8,5 bilhões em fundos federais e US$11 bilhões em empréstimos para a Intel, além de US$6,6 bilhões para a TSMC. Esses subsídios fazem parte do CHIPS and Science Act, que destina US$280 bilhões à indústria de chips americana.
Outros países também estão investindo pesado: Japão, Europa e Índia anunciaram iniciativas de bilhões de dólares para desenvolver suas próprias capacidades de fabricação de chips. Desde que a China começou a oferecer subsídios generosos aos seus fabricantes de chips em 2014, outros governos sentiram a necessidade de seguir o exemplo para não perder competitividade.
Apesar desses investimentos, a criação de novos concorrentes significativos no mercado de chips é improvável. Em vez disso, os subsídios provavelmente ajudarão empresas dominantes como a TSMC a expandir suas operações globalmente. No entanto, esses esforços enfrentam desafios como atrasos na construção e disputas trabalhistas.
Mais IA no limite
Atualmente, a maioria das interações com modelos de IA ocorre na nuvem, mas há um interesse crescente na computação de borda, onde o processamento é feito diretamente nos dispositivos dos usuários, garantindo maior privacidade e reduzindo a dependência da internet. Chips de borda precisam ser menores, mais baratos e eficientes em termos de energia.
A DARPA está financiando pesquisas para desenvolver chips de computação de borda avançados, como os da EnCharge AI, que devem ser lançados em 2025. Esses avanços podem levar a mais dispositivos inteligentes equipados com IA em nossas casas e locais de trabalho.
Big Techs na fabricação de chips
Empresas como Amazon, Microsoft e Google estão investindo na fabricação de seus próprios chips para data centers, tentando reduzir a dependência da Nvidia, que domina o mercado de chips de treinamento de IA. No entanto, essas gigantes ainda dependem da Nvidia para atender parte de suas necessidades e garantir que seus clientes possam utilizar os chips mais avançados.
A Nvidia, por sua vez, lançou seu próprio serviço de nuvem, permitindo que clientes comprem diretamente tempo de processamento com seus chips. A competição se intensificará à medida que as Big Techs tentam provar que seus chips são comparáveis aos da Nvidia.
Startups vs. Nvidia
Apesar do domínio da Nvidia, startups estão emergindo com novas abordagens para superar a gigante em segmentos específicos do mercado. Empresas como SambaNova, Cerebras e Graphcore estão redesenhando a arquitetura dos chips, enquanto a Eva, fundada por Murat Onen, está desenvolvendo transistores de prótons, que prometem maior eficiência para treinamento de IA.
Onen destaca a dificuldade de desafiar a Nvidia, mas acredita no potencial de seu design inovador, que foi validado e publicado na revista Science. No entanto, ele reconhece que levará anos para confirmar se a tecnologia pode ser produzida em escala e aceita pelo mercado.
Em resumo, o mundo dos chips está passando por mudanças profundas, impulsionadas por inovações tecnológicas e rivalidades comerciais. As próximas evoluções na fabricação de chips e nas tecnologias de IA terão um impacto duradouro na economia global e na vida cotidiana.
