Na noite desta sexta-feira (17), a Secretaria da Saúde de São Paulo concluiu que a vacina da Pfizer não foi a causa provável da morte de uma jovem de 16 anos, mas sim uma doença autoimune. O falecimento da adolescente ocorreu no dia 2 de setembro.
A adolescente foi vacinada contra Covid-19 na cidade de São Bernardo do Campo (SP) e veio a óbito sete dias depois.
“As análises técnicas indicam que não é a vacina a causa provável do óbito e sim à doença identificada com base no quadro clínico e em exames complementares, denominada Púrpura Trombótica Trombocitopênica (PPT)”, diz o governo de SP em nota.
Ainda segundo o governo de SP, a doença autoimune é rara e grave, e não há nenhum relato técnico até o momento que aponte o quadro como evento adverso pós-vacinação com o imunizante da Pfizer.
Após a paralisação, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, que está investigando a morte da adolescente, mas que por enquanto, não há relação definida entre o óbito e a administração do imunizante.
A morte da adolescente foi divulgada ontem pelo Ministério da Saúde em coletiva de imprensa. A secretaria de Saúde de SP informou que os resultados da análise serão submetidos à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A jovem morreu no último dia 2 e havia sido imunizada sete dias antes com a vacina da Pfizer, a única que tem autorização da Anvisa para jovens de 12 a 17 anos.
“Os eventos adversos graves, principalmente aqueles que evoluem para óbito, são discutidos com uma comissão de especialistas para se ter uma decisão mais precisa sobre a relação com a vacina. Quando um caso vem à tona sem que este trabalho esteja finalizado, cresce o risco de desorientação, temor, de rejeição a uma vacina sem qualquer fundamento, prejudicando esta importante estratégia de saúde pública que é a campanha de vacinação”, acrescentou Gatti.
A secretaria informou que pessoas com histórico de doenças autoimunes podem receber as vacinas contra covid-19 disponíveis no país, e devem consultar o médico em caso de dúvida. “A rede de saúde está orientada quanto à conduta de imunização de todos os públicos por meio de Documento Técnico do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE)”, disse, em nota.