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O mercado de trabalho brasileiro alcançou recorde de empregos no trimestre encerrado em outubro, com 103,6 milhões de ocupados. O resultado foi impulsionado tanto pelo aumento de postos com carteira assinada quanto pelos empregos informais. O setor privado com carteira registrou 39 milhões de trabalhadores, o maior patamar desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, em 2012. Houve crescimento de 1,2% em relação ao trimestre anterior e de 3,7% na comparação com o mesmo período de 2023.
Os empregos sem carteira assinada também bateram recorde, atingindo 14,4 milhões de pessoas. O crescimento foi ainda mais expressivo nesse segmento, com altas de 3,7% no comparativo trimestral e 8,4% na comparação anual. De acordo com Adriana Beringuy, pesquisadora do IBGE, o crescimento dos postos com carteira foi impulsionado pela expansão da indústria, enquanto no caso dos empregos informais, setores como construção e serviços foram os principais responsáveis pelo aumento.
A informalidade, que inclui trabalhadores sem carteira assinada e por conta própria sem CNPJ, atingiu 40,3 milhões de pessoas, alta de 2,1% em relação ao trimestre anterior. A taxa de informalidade subiu para 38,9%, frente aos 38,7% registrados no trimestre encerrado em julho deste ano e aos 39,1% do mesmo período de 2023.
Entre os setores que mais contribuíram para a geração de empregos no comparativo trimestral estão a indústria (2,9%), construção (2,4%) e outros serviços (3,4%). Em relação ao mesmo período do ano passado, houve crescimento na indústria (5%), construção (5,1%), comércio (3,3%), transporte, armazenagem e correio (5,7%), informação e comunicação (4,5%), administração pública, saúde e educação (4,4%) e outros serviços (7,2%). A única queda foi na agricultura, que perdeu 5,3% dos postos de trabalho.
O nível de ocupação, que reflete o percentual de pessoas ocupadas em relação à população em idade para trabalhar, atingiu 58,7%, um recorde na série histórica. A taxa de desemprego caiu para 6,2%, a menor desde 2012, com redução em relação aos 6,8% registrados no trimestre anterior e aos 7,6% de outubro de 2023. O contingente de desocupados recuou para 6,8 milhões, o menor desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014.
Os indicadores de mercado de trabalho têm mostrado melhorias consistentes, segundo Adriana Beringuy, com sucessivos recordes superando os níveis de 2013 e 2014, considerados um dos melhores momentos do mercado de trabalho. O rendimento médio real dos trabalhadores alcançou R$ 3.255, próximo ao recorde de R$ 3.292 registrado no trimestre encerrado em julho de 2020, mas com uma diferença significativa. Durante a pandemia, a alta do rendimento médio foi influenciada pela perda de empregos informais, que têm rendimentos mais baixos. Agora, o aumento ocorre em conjunto com a elevação do número de pessoas ocupadas.
A população subutilizada chegou a 17,8 milhões, a menor desde maio de 2015, enquanto a taxa de subutilização foi de 15,4%, a menor para um trimestre encerrado em outubro desde 2014. Já a população desalentada, formada por pessoas que gostariam de trabalhar, mas não buscaram emprego por diversos motivos, somou 3 milhões, o menor número desde abril de 2016.