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Até novembro de 2024, a região Nordeste foi responsável pela abertura de 610.451 pequenas empresas, representando 15,6% dos 3.906.058 novos negócios registrados no país. Os dados são do estudo do Sebrae sobre a abertura de pequenos negócios no Brasil, que foi analisado pela Sudene, com ênfase no desempenho dos estados nordestinos.
Miguel Vieira de Araújo, economista da Coordenação de Avaliação e Estudos da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, destacou que esses números estão acima da participação da região no PIB nacional, que gira em torno de 14%. O Nordeste é a terceira região que mais abriu pequenos negócios, ficando atrás do Sudeste (51,1%) e do Sul (19,1%). Nacionalmente, a abertura de pequenos negócios representou 96,4% das novas empresas, o que demonstra a relevância desse nicho. Na região, essa participação é ainda maior, chegando a 97,4%. Pequenos negócios incluem MEI, microempresas e empresas de pequeno porte.
Comparando o acumulado até novembro de 2024 com o mesmo período de 2023, a Coordenação de Avaliação e Estudos constatou que todos os estados brasileiros apresentaram um aumento na abertura de pequenos negócios, com destaque para Sergipe, que registrou a segunda maior variação (12,5%), e Pernambuco, com a sétima maior variação (9,3%) do país.
A Sudene também constatou a permanência das disparidades regionais. Segundo Miguel, o elevado desequilíbrio regional é evidente ao observar que o município de São Paulo sozinho, apenas em novembro (33.474), abriu mais pequenos negócios do que Sergipe (25.290) e Piauí (28.296) abriram nos 11 meses até novembro. O dado de São Paulo, considerando os períodos distintos, ficou próximo de Alagoas (33.588), Rio Grande do Norte (40.561), Paraíba (48.027) e Maranhão (49.964).
Cerca de 7,6% das pequenas empresas abertas no Nordeste são indústrias, proporção semelhante à brasileira (7,8%). No entanto, quando se observa a participação nordestina na abertura de pequenas empresas no setor industrial do Brasil, a proporção é de aproximadamente 15%. Isso mostra a relevância da ênfase na pequena e média empresa industrial defendida pela Sudene junto ao Programa Nova Indústria Brasil (NIB), fortalecendo este elo das cadeias produtivas existentes na região, concluiu Miguel Vieira de Araújo.