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A Polícia Civil de São Paulo abriu uma investigação contra ex-dirigentes do Clube Atlético Juventus por suspeita de crimes como apropriação indébita majorada, estelionato e associação criminosa. O grupo é acusado de desviar mais de R$ 2 milhões que seriam usados para a reforma do Estádio Conde Rodolfo Crespi, a famosa Rua Javari, na Mooca, Zona Leste da capital.
A investigação foi iniciada na segunda-feira (20) após uma denúncia formal (notícia-crime) apresentada pelo atual presidente do Juventus, Dilson Tadeu dos Santos Deradeli, que apontou à polícia “indícios de crimes patrimoniais praticados por antigos dirigentes”.
A denúncia alega que a gestão passada teria desviado recursos levantados especificamente para as obras de conservação e restauro do estádio, que é tombado pelo patrimônio histórico. A operação de arrecadação foi formalizada em 2022 por meio de um termo de compromisso assinado com a Prefeitura de São Paulo.
O valor arrecadado foi de R$ 2.362.157,09, que, segundo o acordo, deveria ser integralmente aplicado nas obras. No entanto, o documento policial afirma que as obras não foram executadas.
São apontados como responsáveis pelos supostos desvios os ex-dirigentes Antonio Ruiz Gonsalez, Ivan Antipov, Paulo Troise Voci e Raudinei Anversa Freire.
O clube informou às autoridades que há indícios de que os valores arrecadados foram, na verdade, utilizados para quitar contratos de empréstimo firmados entre o Juventus e seus próprios dirigentes, em vez de serem aplicados na reforma do patrimônio histórico.
O descumprimento do acordo com a prefeitura resultou em uma multa de R$ 2.952.696,25, além da determinação de devolução do valor original ao Fundo de Proteção do Patrimônio Cultural e Ambiental Paulistano (Funcap). Com isso, o prejuízo total ao clube paulistano ultrapassa a marca de R$ 5,3 milhões.