No sábado (16), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) aceitou a denúncia do Ministério Público (MP) contra dois policiais civis envolvidos na morte de um homem durante a operação no Jacarezinho, em maio deste ano.
A decisão da 2ª Vara Criminal da Capital determina que os policiais civis não tenham contato com as testemunhas, fiquem afastados das funções externas, como operações, e de qualquer atividade policial na comunidade onde ocorreu a ação.
De acordo com o MP, um dos denunciados assassinou Omar Pereira da Silva quando a vítima estava desarmada dentro do quarto de uma criança, na comunidade da zona norte. O homem também já estaria baleado no pé.
No entanto, a defesa dos agentes alega que a morte foi em legítima defesa e que o Ministério Público se precipitou ao denunciá-los antes da conclusão das investigações.
Ainda de acordo com o documento, o responsável pelo disparo e outro policial retiraram o corpo de Omar do interior da residência antes da realização de perícia.
Os policiais também são acusados de mentir em depoimento na época da incursão, o que configura fraude processual. Eles teriam colocado uma granada no local do crime, além de apresentar uma pistola e um carregador como se fossem de Omar.