SEUL (Reuters) – Membros de uma igreja sul-coreana entraram em confronto com a polícia neste domingo, informaram veículos de mídia, no momento em que entraram em vigor as restrições do governo a serviços religiosos e outras aglomerações devido à disseminação do coronavírus.
As autoridades pediram aos sul-coreanos que fiquem em casa e mantenham o distanciamento social, à medida que casos do exterior e novos surtos em pequenos grupos continuam surgindo, embora a contagem geral de novas infecções venha diminuindo.
Restrições a eventos de alto risco, como reuniões religiosas, esportivas e de entretenimento, entraram em vigor neste domingo, exigindo que instalações garantam espaço mínimo entre os participantes e permitindo que os governos locais realizem vigilância nos locais e emitam multas.
“Nossa luta contra o vírus é uma corrida de três pernas”, disse o presidente Moon Jae-in no domingo, referindo-se à necessidade de a comunidade trabalhar em sintonia com o governo. “Não importa, mesmo se você não estiver doente e se sentindo bem.”
A maioria das igrejas recorreu a serviços online nas últimas semanas, mas a mídia local disse que várias delas prosseguiram com reuniões presenciais neste domingo, provocando conflitos com a polícia e protestos de moradores pedindo que se dispersem.
Na Igreja Sarang Jeil, em Seul, fiéis tentaram expulsar policiais, informou o portal de notícias Yonhap.
Um vídeo publicado por um suposto membro da igreja no YouTube mostrou uma mulher deitada no chão enquanto outra era ouvida gritando: “Por que vocês estão fazendo isso? Estamos na Coreia do Norte?”.
A Reuters não conseguiu imediatamente entrar em contato com a polícia ou o governo da cidade de Seul para comentar, e telefonemas à igreja não foram respondidos.
Mais da metade dos casos de coronavírus na Coreia do Sul foi atribuída a uma igreja cristã na cidade de Daegu, no sudeste do país. Nesta semana, cerca de 60 membros de uma igreja protestante em Seongnam, ao sul de Seul, também testaram positivo para o coronavírus.