O deputado Ken Buck, republicano do Colorado, criticou o Google na quarta-feira por ligações com o Partido Comunista Chinês (PCC), após uma audiência do subcomitê da Câmara com os grandes CEOs de tecnologia da América, Google, Apple, Facebook e Amazon.
“Se o Google quer agradar a China comunista, Sundar Pichai deve responder pelas atrocidades cometidas pelo Partido Comunista Chinês”, disse ele à Fox News depois de Pichai, Jeff Bezos, da Amazon, Tim Cook, da Apple, Tim Cook, e Mark Zuckerberg do Facebook, testemunharem em comissão antimonópolio no Congresso americano.
O republicano do Colorado tem sido um crítico franco das táticas do PCC e instituiu legislação na Câmara na quarta-feira com base na “Lei de Certificação de Negócios Sem Escravos” do senador Josh Hawley, que tenta responsabilizar as empresas americanas por qualquer uso de trabalho forçado em todo o país.
Além de descobrir laços preocupantes entre grandes empresas de tecnologia e o PCC, houve um consenso entre ambas as partes de que a audiência revelou esforços terríveis para reprimir a concorrência no mercado livre, acrescentou Buck.
“É absolutamente claro que essas plataformas estão usando sua posição para reprimir a inovação e você a ouve de ambos os lados do corredor”, continuou ele. “Você ouve os CEOs incapazes de falar com os exemplos específicos com os quais estão sendo confrontados, por isso foi muito esclarecedor”.
Buck também abordou a noção de que práticas anticoncorrenciais podem levar a preconceitos políticos e à censura de certos materiais na web, especificamente no que diz respeito a notícias e meios de comunicação.
“Os cidadãos podem escolher entre centenas, senão milhares de fontes de notícias neste país. Algumas pessoas à esquerda podem dizer que a Fox News ou o Wall Street Journal são tendenciosos à direita”, explicou ele. “E outros podem dizer que o MSNBC ou o Washington Post são tendenciosos à esquerda. E sabemos que quando criamos uma fonte de notícias – sabemos o que estamos recebendo, porque existem centenas, senão milhares deles.
“Mas quando existe apenas uma plataforma – quando existe apenas o Google – e você procura algo e eles colocam o Breitbart na 19ª página ou em Donald Trump Jr. na 23ª página, você não tem a chance de dizer, “O Google não está atendendo às minhas necessidades, então vou encontrar outro mecanismo de pesquisa”. Isso não acontece”, continuou Buck. “É uma situação muito diferente quando você tem uma plataforma de dominação envolvida em preconceitos políticos. E é isso que você tem com o Google, Facebook, Twitter e outros”, disse ele ao jornal americano.
Ele então discutiu os comentários feitos pelo deputado Jerry Nadler, de Nova York, durante a audiência sobre a aquisição do Instagram pelo Facebook e concordou que as circunstâncias em torno do acordo eram suspeitas na melhor das hipóteses e deveriam ser investigadas pelo governo federal.
“Deveria ter sido tratado pelo governo Obama”, disse Buck. “Foi adquirido durante o governo Obama e é claro que o Facebook usava coerção para adquirir o Instagram. Eles os ameaçavam e os colocavam fora do negócio a menos que concordassem em vender. E o CEO do Instagram disse isso na época”.
Ele acrescentou: “É uma daquelas coisas em que você pode olhar para trás agora e dizer: ‘O Instagram não estaria onde está agora, se não fosse pelos recursos do Facebook e pela fusão.’ Mas eu concordo com o presidente Nadler de que existem muitas bandeiras vermelhas sobre essa fusão e ela deve ser cuidadosamente examinada pela Federal Trade Commission (FTC).
O Congresso vai continuar a investigação contra as gingantes de tecnologias e provavelmente divulgará um relatório sobre as conclusões antes das eleições de novembro, em um esforço para estabelecer as bases para a legislação quando novos parlamentares empossarem em janeiro, disse Buck.
“Este não é um esforço partidário. Este não é um esforço antinegócio. Este é um esforço para tornar os EUA mais fortes e acho que os dois lados estão dispostos a fazer isso”, explicou. “O próximo passo – o processo em que estamos agora – precisamos ouvir os reguladores. Temos que ouvir os grupos de defesa do consumidor. Temos que considerar algumas dessas questões de privacidade e decidir se a lei está em vigor. suficiente e se os reguladores tiverem os recursos de que precisam e é para lá que precisamos seguir. Depois de concluir a investigação, precisamos descobrir onde a lei é suficiente e se os recursos são suficientes para lidar com isso “.
