O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu manter o curso em sua campanha contra a Ucrânia, alertando que se os contra-ataques continuarem, uma resposta militar “mais séria” será desencadeada.
Putin permaneceu firme apesar das fortes evidências de que suas forças sofreram pesadas perdas na contra-ofensiva da Ucrânia neste mês.
O líder russo disse que o principal objetivo da campanha continua sendo “a libertação de todo o território de Donbas” – as áreas do leste da Ucrânia, incluindo Donetsk e Luhansk, que são em grande parte de língua russa.
“O plano não está sujeito a ajustes”, disse Putin. “Nossas operações ofensivas no próprio Donbas não param. Eles estão indo em um ritmo lento… O exército russo está ocupando territórios cada vez mais novos.”
Ele acusou as forças ucranianas de tentativas de realizar “atos terroristas” e causar danos à infraestrutura civil russa.
“Estamos realmente bastante contidos em nossa resposta a isso por enquanto”, disse Putin em entrevista coletiva na sexta-feira. “Se a situação continuar a se desenvolver dessa maneira, a resposta será mais séria.”
“Objetivo imperialista”
Enquanto isso, o chanceler alemão Olaf Scholz conversou com Putin ao telefone na terça-feira, após um intervalo de vários meses. Segundo o governo alemão, a conversa durou 90 minutos.
“O presidente russo está perseguindo seu objetivo imperialista de anexar parte do território vizinho”, disse Scholz à emissora alemã Deutschlandfunk.
Scholz insistiu em uma solução diplomática para a guerra na Ucrânia, dizendo a Putin que deveria incluir um cessar-fogo, uma retirada completa das tropas russas e respeito pela soberania territorial da Ucrânia.
