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A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos rejeitou na quinta-feira, por esmagadora maioria, um projeto de lei de financiamento liderado pelos republicanos destinado a evitar uma paralisação do governo. Com isso, as agências federais ficariam sem recursos na noite de sexta-feira e começariam a fechar no fim de semana.
O polêmico projeto de lei teria suspendido o limite de endividamento do país durante os dois primeiros anos de mandato do presidente eleito Donald Trump, e dezenas de republicanos focados na dívida se rebelaram contra sua própria liderança para derrubar o pacote.
Mais cedo, na quinta-feira, os republicanos apresentaram um novo pacote de financiamento para evitar uma paralisação do governo durante a temporada de festas, que foi apoiado por Trump.
O novo plano manteria o governo funcionando por mais três meses, adicionaria assistência para desastres aos estados afetados por furacões e outros, e permitiria mais empréstimos até 30 de janeiro de 2027, disseram os republicanos.
“SUCESSO em Washington! O presidente Mike Johnson e a Câmara dos Representantes chegaram a um ótimo acordo para o povo americano”, publicou Trump nas redes sociais, acrescentando que a “Lei de Ajuda Americana de 2024” suspenderia o limite de endividamento do país por dois anos – uma condição chave para seu apoio.
Os republicanos se reuniram na quinta-feira no escritório do presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, para discutir o que fazer depois que Trump exigiu que o financiamento do governo fosse combinado com um aumento no limite da dívida.
No Congresso dos Estados Unidos, as negociações para evitar a paralisação do governo antes da noite de sexta-feira tiveram que começar do zero, depois que Trump e seu assessor Elon Musk rejeitaram o acordo bipartidário para um orçamento.
“Matem o projeto de lei”, escreveu Musk na quarta-feira em uma série de postagens em sua rede social X, rejeitando o acordo orçamentário negociado entre legisladores republicanos e democratas, que permitia financiar o governo federal até meados de março para evitar a chamada “paralisação”, que implica a interrupção de serviços públicos.
A postura do homem mais rico do mundo recebeu o apoio de Trump, que o escolheu para reduzir os gastos públicos durante seu mandato, que começa em 20 de janeiro.
Trump descreveu o projeto como “ridículo e extraordinariamente oneroso” e garantiu que o texto estava prestes a “morrer rapidamente”.
Na terça-feira, Johnson apresentou o acordo orçamentário de 1.500 páginas negociado com os democratas, que inclui mais de 100 bilhões de dólares em ajuda para desastres naturais solicitada pelo presidente Joe Biden e 10 bilhões de dólares para os agricultores americanos, além de um aumento nos salários dos legisladores.
O Congresso deve autorizar um novo acordo antes de sexta-feira às 23h59 para evitar uma paralisação dos serviços públicos federais, que resultaria na suspensão técnica de centenas de milhares de funcionários, na interrupção de vários benefícios sociais, no fechamento de creches e até de parques nacionais.
Essa situação seria muito impopular a poucos dias do Natal.
A Casa Branca denunciou o risco de “instabilidade” e o “prejuízo para os americanos que trabalham duro” com o fracasso do pacto.
(Com informações da AFP e AP)