Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
O ministro de Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, agradeceu neste domingo ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por sua decisão de descongelar o envio de um carregamento de bombas pesadas que havia sido interrompido por seu antecessor, Joe Biden, para evitar que fossem usadas na Faixa de Gaza.
“Obrigado, presidente Trump, por mais uma demonstração de liderança ao descongelar o envio de defesa crucial para Israel. A região é mais segura quando Israel tem o que precisa para se defender”, escreveu Saar em sua conta na rede social X.
“Muitas coisas que foram encomendadas e pagas por Israel, mas que não foram enviadas por Biden, estão a caminho!”, escreveu o presidente dos Estados Unidos em sua rede social Truth Social.
Além disso, Trump assegurou aos jornalistas a bordo do Air Force One: “Nós liberamos (as bombas). Nós liberamos hoje. E eles as terão. Pagaram por elas e as esperaram por muito tempo. Elas estavam armazenadas”.
Horas antes, no sábado, o meio de comunicação norte-americano Axios havia informado que Trump ordenou ao Pentágono levantar a suspensão imposta por Biden ao fornecimento de 1.800 bombas MK-84, que pesam cerca de uma tonelada.
O carregamento, armazenado nos Estados Unidos, será colocado em um navio e entregue a Israel nos próximos dias.
Embora Biden tenha apoiado a ofensiva israelense sobre a Faixa de Gaza e mantido o fornecimento de armamento, decidiu paralisar em maio o envio dessas bombas por medo de que fossem utilizadas em áreas densamente povoadas da cidade de Rafah, no sul do enclave palestino.
Essa decisão resultou em um dos maiores momentos de tensão entre Washington e o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
O meio de comunicação The Times of Israel lembrou que, quando Trump venceu as eleições presidenciais em novembro, reduziu significativamente a influência da administração Biden sobre Israel, o que levou Jerusalém a assumir que o próximo presidente reverteria qualquer decisão de reter os envios de armas ao retornar ao cargo.
Em outubro, Washington enviou um aviso formal a Jerusalém: tinha um mês para aliviar significativamente a crise humanitária em Gaza, desencadeada pela guerra, ou corria o risco de os Estados Unidos suspenderem o envio de armas. No entanto, a ameaça nunca se concretizou. Em novembro, o governo de Joe Biden reconheceu que Israel havia adotado algumas das medidas exigidas, embora não em sua totalidade, explicou o meio de comunicação israelense.
Entre os pontos-chave que a administração norte-americana pressionou para implementar estavam a entrada diária de pelo menos 350 caminhões com ajuda humanitária em Gaza, a aplicação de pausas “adequadas” nos combates e a confirmação de que não existia uma política oficial de evacuação forçada de civis no norte do enclave palestino.
Desde o ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro de 2023, Biden apoiou o objetivo de Israel de eliminar o grupo islâmico da Faixa de Gaza, ao mesmo tempo em que pedia a Netanyahu para mitigar os danos à população civil do enclave.
O levantamento do bloqueio às bombas foi anunciado após a entrada em vigor, em 19 de janeiro, de um acordo de trégua e liberação de reféns em Gaza, que contou com a mediação do Catar e do Egito, bem como das equipes de Biden e Trump, que tomou posse em 20 de janeiro.
A esse respeito, Trump afirmou no sábado que gostaria que a Jordânia, o Egito e outros países aceitassem um maior número de refugiados palestinos provenientes de Gaza, em um esforço para reduzir a população do território e começar do “zero” na área devastada pela guerra.
Durante a conversa com jornalistas a bordo do Air Force One, Trump contou que havia falado com o rei Abdullah II da Jordânia e que planejava se comunicar neste domingo com o presidente egípcio, Abdel Fattah el-Sissi.
Trump elogiou a Jordânia por ter aceitado anteriormente refugiados palestinos e sugeriu que o país poderia receber mais. “Eu disse [ao rei]: ‘Adoraria que aceitassem mais, porque estou vendo agora toda a Faixa de Gaza, e é um desastre. É um verdadeiro desastre’”, expressou.
O presidente indicou que esse reassentamento poderia ser temporário ou a longo prazo e levantou a possibilidade de construir moradias em outras localidades, em colaboração com nações árabes, para que os palestinos possam “viver em paz por uma mudança”. Segundo Trump, Gaza é atualmente um “local de demolição”, onde “quase tudo está destruído e as pessoas estão morrendo”.
(Com informações da EFE e AP)
