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Neste domingo (9), mais de 13 milhões de eleitores equatorianos se dirigem às urnas para decidir o futuro político do país. A disputa presidencial envolve o atual presidente, Daniel Noboa, que busca a reeleição com promessas de segurança e desenvolvimento econômico, e Luisa González, representante do correísmo, que propõe um foco maior no fortalecimento do gasto social.
Segurança e Polêmica nas Propostas de Governo
Noboa, durante sua gestão, implementou o “Plano Fênix”, uma estratégia que combina o envio de forças militares para áreas de conflito com a intensificação das penas contra crimes relacionados ao narcotráfico. De acordo com dados oficiais, essas medidas resultaram em uma redução de 18% nas mortes violentas e na prisão de líderes de gangues criminosas.
Por outro lado, Luisa González, de 47 anos, que é advogada e ex-integrante do movimento Revolução Ciudadana, liderado pelo ex-presidente Rafael Correa (exilado na Bélgica após ser condenado por corrupção), defende um aumento nos investimentos sociais e um questionamento das políticas atuais de Noboa.
Pesquisa Eleitoral: Disputa Acirrada
As pesquisas mais recentes mostram um cenário de alta competição. De acordo com um levantamento do Informe Confidencial realizado em 5 de fevereiro, 41% dos eleitores definidos afirmam votar em Noboa, enquanto 31% optariam por González. No entanto, uma parcela significativa do eleitorado permanece indecisa, o que torna o resultado final incerto.
Ambos os candidatos garantem que vencerão no primeiro turno, evitando um segundo turno previsto para 13 de abril de 2025. A polarização das propostas reflete a divisão da sociedade equatoriana sobre questões como segurança, economia e justiça social.
Como Funcionam as Eleições no Equador?
Para vencer em um único turno, um candidato precisa obter mais de 50% dos votos válidos ou pelo menos 40%, com uma diferença de 10 pontos percentuais sobre o segundo colocado. Caso esses requisitos não sejam atendidos, haverá uma segunda rodada entre os dois mais votados.
O processo eleitoral no Equador é organizado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que garante a transparência e legalidade das eleições. A votação começará às 7h da manhã e seguirá até às 17h, com os primeiros resultados sendo divulgados por volta das 20h.
Medidas Especiais e Segurança nas Fronteiras
A segurança tem sido uma preocupação central nesta eleição. Para prevenir possíveis tentativas de desestabilização, o presidente Daniel Noboa determinou o fechamento das fronteiras terrestres com a Colômbia e o Peru entre os dias 8 e 10 de fevereiro. Além disso, o governo militarizou os portos e reforçou a segurança nas fronteiras.
Voto Obrigatório e Iniciativas para Inclusão
No Equador, o voto é obrigatório para cidadãos entre 18 e 65 anos, sendo facultativo para maiores de 65 anos, jovens entre 16 e 18 anos, pessoas com deficiência e equatorianos no exterior. Além disso, foram implementadas medidas como o “Voto em Casa” para pessoas com mais de 75% de incapacidade física e para aqueles com mais de 50 anos, além do direito de voto para prisioneiros sem sentença condenatória final.
Campanha Eleitoral e Proibição de Propaganda Política
A campanha eleitoral terminou no dia 6 de fevereiro, iniciando o período de silêncio eleitoral, durante o qual é proibido divulgar propaganda política. Contudo, as redes sociais não estão sujeitas a essa restrição, o que continua alimentando o debate e as discussões entre os eleitores.
O Que Está em Jogo?
Além da presidência, os eleitores também escolherão o novo vice-presidente e os membros da Assembleia Nacional, com 151 cadeiras em disputa. Também haverá eleições para os representantes do Parlamento Andino.
Com um processo eleitoral marcado por tensão política e medidas de segurança rigorosas, os olhos do país e do mundo estarão voltados para o Equador neste domingo, à medida que os cidadãos decidem o rumo da nação para os próximos anos.
