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O papa Francisco afirmou neste sábado (9) que “uma sociedade justa não se constrói eliminando os não nascidos indesejados ou os idosos e enfermos dependentes”. A declaração foi feita em uma mensagem preparada no hospital onde o pontífice está internado há 23 dias.
O líder da Igreja Católica escreveu o texto para o Movimento pela Vida, uma organização que defende a proteção da vida humana “desde a concepção até a morte natural”, sendo contrária ao aborto e à eutanásia.
A mensagem, datada de 5 de março no Hospital Gemelli, em Roma, foi lida em seu nome pelo cardeal secretário de Estado, Pietro Parolin, durante uma missa na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
“Lamentamos que não possam encontrar o Santo Padre como estava previsto, mas nos sentimos profundamente unidos a ele e rezamos por sua saúde. O papa, no entanto, escreveu uma mensagem para a ocasião, que agora tenho a honra de ler”, disse Parolin aos fiéis.
No texto, Francisco agradece ao movimento por seu trabalho com “mães que enfrentam gestações difíceis ou inesperadas”, especialmente em um contexto no qual, segundo ele, “a cultura do descarte” tem se espalhado e afetado os mais vulneráveis da sociedade.
“Por isso, mais do que nunca, precisamos de pessoas de todas as idades que se esforcem concretamente no serviço à vida humana, especialmente quando ela é mais frágil e vulnerável, porque é sagrada, criada por Deus para um destino grande e belo”, afirmou.
Ele acrescentou: “Uma sociedade justa não se constrói eliminando os não nascidos indesejados, os idosos sem autonomia ou os doentes incuráveis”.
Francisco agradeceu aos membros do Movimento pela Vida por renovarem seu compromisso com a “civilização do amor” e afirmou que “libertar as mulheres das condições que as levam a não dar à luz seus filhos é um princípio de renovação da sociedade civil”.
“Hoje, a vida de todos está sujeita a categorias baseadas no ter, no fazer, no produzir ou no parecer. O compromisso de vocês, em sintonia com o de toda a Igreja, aponta para um projeto diferente, que coloca a dignidade da pessoa no centro e prioriza os mais frágeis”, destacou.
Segundo o papa, “o concebido, o feto ou a criança não nascida representam, por excelência, todos aqueles que não têm voz”.
“Defendê-los significa solidarizar-se com todos os descartados do mundo”, completou.
Francisco também incentivou o movimento a “continuar apostando nas mulheres, em sua capacidade de acolhida, generosidade e coragem”, destacando que “elas devem contar com o apoio de toda a comunidade civil e eclesiástica”.
Ele finalizou dizendo que os Centros de Ajuda para a Vida, criados pelo movimento para auxiliar mulheres em gestações difíceis, “podem se tornar um ponto de referência para todos”.
(Com informações da EFE)
