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A companhia aérea Emirates confirmou que o corpo de Juliana Marins, turista brasileira que morreu após cair em um penhasco na trilha do Monte Rinjani, na Indonésia, será transportado para Dubai no dia 1º de julho e, em seguida, para o Rio de Janeiro, no dia 2 de julho. “A companhia aérea priorizou a coordenação com as autoridades relevantes e outras partes envolvidas na Indonésia para facilitar o transporte, no entanto, restrições operacionais tornaram inviáveis os preparativos anteriores”, afirmou a Emirates, que também prestou condolências à família, informada sobre a confirmação das providências logísticas.
A família de Juliana busca uma nova autópsia no corpo da jovem, desta vez no Brasil. A informação foi divulgada na manhã desta segunda-feira (30). “Com o auxílio do GGIM (Gabinete de Gestão Integrada Municipal) da Prefeitura de Niterói, acionamos a DPU-RJ (Defensoria Pública da União), que imediatamente fez o pedido na Justiça Federal solicitando uma nova autópsia no corpo da minha irmã, Juliana Marins. Acreditamos no Judiciário Federal brasileiro e esperamos uma decisão positiva nas próximas horas”, declarou Mariana Marins, irmã de Juliana, em perfil no Instagram criado para divulgar informações sobre o caso.
Em entrevista concedida na sexta-feira (27), o médico legista responsável pelo primeiro exame indicou que o laudo preliminar aponta que Juliana morreu após sofrer um trauma contundente, que causou danos a órgãos internos e hemorragia. Segundo o médico, a morte ocorreu quase imediatamente, cerca de 20 minutos após o impacto. “Além da queda inicial na trilha, ela provavelmente caiu outras vezes no dia seguinte, já que o local era bastante íngreme. A principal hipótese é que uma dessas outras quedas gerou os ferimentos que levaram a sua morte”, explicou. A perícia indicou que ela faleceu entre terça (24) e quarta-feira (25).
Neste domingo (29), a família fez um apelo público à Emirates para acelerar o translado. “Estamos tentando confirmar o voo que trará Juliana para o Rio. Porém, a Emirates não quer confirmar o voo! É descaso do início ao fim. Precisamos da confirmação do voo da Juliana urgente. Precisamos que a Emirates se mexa e traga Juliana para casa!”, disse Mariana Marins. O translado havia sido inicialmente confirmado para as 19h45 de domingo no horário de Bali (8h45 no horário do Brasil), mas sofreu alterações repentinas. “Misteriosamente, a parte do porão de carga ficou ‘lotada’”, relatou Mariana, que também expressou preocupação: “Parece proposital, já que o embalsamamento tem apenas alguns dias de validade. O medo é que em nova autópsia descubramos mais coisas? Está muito difícil”.
A família entrou com um pedido na Justiça para a realização de uma nova autópsia. “Com o auxílio da Prefeitura de Niterói, acionamos a Defensoria Pública da União (DPU-RJ), que imediatamente fez o pedido na Justiça Federal solicitando uma nova autópsia”, afirmou Mariana Marins. A defensora pública Taísa Bittencourt Leal Queiroz, responsável pelo pedido, destacou que a medida se justifica pela “ausência de esclarecimento sobre a causa e o momento exato em que a vítima morreu”. O despacho determina que a perícia seja feita no máximo seis horas após a chegada do corpo ao Rio de Janeiro.
O Plantão Judiciário da Justiça Federal optou por não analisar o pedido imediatamente, que será avaliado pelo juiz responsável pelo caso, já sorteado previamente. Ainda nesta segunda-feira, a Defensoria Pública da União enviou um ofício solicitando que a Polícia Federal instaure um inquérito para investigar o caso.
A primeira autópsia foi realizada na quinta-feira (26) em um hospital de Bali, logo após o corpo ser retirado do Parque Nacional do Monte Rinjani. Conforme o exame, Juliana morreu em decorrência de múltiplas fraturas e lesões internas, não sofreu hipotermia e sobreviveu por aproximadamente 20 minutos após o trauma. As informações foram repassadas pelo médico legista Ida Bagus Putu Alit, durante entrevista coletiva no saguão do Hospital Bali Mandara.
Família de Juliana Marins pede nova autópsia no Brasil
