Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
A líder opositora, atualmente perseguida pela ditadura de Nicolás Maduro, foi reconhecida pelo comitê do Nobel por “seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo da Venezuela e por sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia.”
O impacto do anúncio se refletiu na conversa telefônica que Edmundo González Urrutia, presidente eleito da Venezuela nas eleições de 28 de julho de 2024, teve com a própria Machado.
Durante o intercâmbio, a líder expressou seu espanto, chegando a dizer: “Estou em choque.”
A resposta de González Urrutia veio prontamente, utilizando uma expressão coloquial venezuelana para dimensionar a magnitude do acontecimento: “Isto é um carajazo,” termo que no país é usado para descrever um grande golpe, um impacto ou um avanço significativo.
A líder oposicionista venezuelana Maria Corina Machado, atualmente perseguida pelo regime de Nicolás Maduro, foi concedida o Prêmio Nobel da Paz 2025 por sua “incansável defesa da democracia e luta por uma transição pacífica da ditadura para a democracia”.
Machado, de 58 anos,… pic.twitter.com/D4USb9i0i8— Gazeta Brasil (@SigaGazetaBR) October 10, 2025
Através da plataforma X, González Urrutia compartilhou publicamente sua felicitação, destacando o caráter histórico do reconhecimento: “Nossa querida Maria Corina Machado, laureada com o Prêmio Nobel da Paz 2025! Merecidíssimo reconhecimento à longa luta de uma mulher e de todo um povo pela nossa liberdade e democracia. A primeira Nobel da Venezuela! Parabéns, Maria Corina Machado, a Venezuela será livre!”
O galardão torna Machado a primeira pessoa da Venezuela a receber o Prêmio Nobel da Paz, sublinhando a relevância internacional de sua trajetória e o apoio à causa democrática venezuelana.
Machado, de 58 anos, passou à clandestinidade no ano passado, pouco depois de denunciar a fraude na reeleição de Nicolás Maduro em 28 de julho de 2024.
O Comitê Norueguês do Nobel indicou que concedeu o prêmio à líder por sua defesa “incansável” da democracia venezuelana diante do regime “brutal” de Nicolás Maduro.
“Estou em choque!” foi o que se ouviu Machado dizer a Edmundo González Urrutia em uma chamada telefônica. “Que é esta porcaria [referindo-se à situação]! Eu não posso acreditar,” insistiu a líder na conversa.
González Urrutia substituiu Machado como candidato nas últimas eleições presidenciais, após ela ter sido inabilitada politicamente. Mesmo assim, a política liderou a campanha com comícios em todo o país.
“Estamos em choque de alegria,” disse González, que também partiu para o exílio pouco depois das eleições. No vídeo, ele aparece ao telefone conversando com Machado, que não é vista em vídeo.
A opositora política sustenta que Maduro roubou a eleição e publicou em um site cópias das atas das urnas eletrônicas para provar que González foi o vencedor. O Chavismo desqualifica esses documentos.
A Justificativa do Comitê
O Prêmio Nobel da Paz 2025 é concedido a “uma corajosa e comprometida defensora da paz, a uma mulher que mantém viva a chama da democracia em meio a uma escuridão crescente,” declarou Jørgen Watne Frydnes, presidente do Comitê Norueguês do Nobel, na leitura do parecer.
Machado demonstrou que as ferramentas da democracia são também as da paz, sublinhou o comitê, que acrescentou que a laureada “encarna a esperança de um futuro diferente, no qual os direitos fundamentais dos cidadãos sejam protegidos e suas vozes sejam ouvidas.”
Como líder do movimento democrático na Venezuela, Machado é um dos exemplos mais extraordinários de coragem civil na América Latina em tempos recentes, destacou o comitê.
A premiada tem sido uma figura chave e unificadora em uma oposição política que outrora esteve profundamente dividida, uma oposição que encontrou um terreno comum na exigência de eleições livres e um governo representativo, conclui o comitê.
(Com informações de agências)