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Os índices Nikkei 225, de Tóquio, e Kospi, de Seul, atingiram nesta segunda-feira (27) níveis recordes, impulsionados pelo otimismo em relação a um possível acordo comercial entre Estados Unidos e China. A expectativa aumenta antes da reunião dos presidentes Donald Trump e Xi Jinping, prevista para esta semana na Coreia do Sul.
Por volta das 00h15 GMT, o Nikkei 225 alcançava 50.195 pontos, o nível mais alto registrado até o momento, acumulando 24% de valorização no ano. O índice Topix, de maior amplitude, subia 1,48%, chegando a 3.318 pontos. Já o Kospi registrou alta de 2,3%, atingindo 4.032 pontos pela primeira vez.
O otimismo nos mercados asiáticos veio após o anúncio de um acordo preliminar entre Washington e Pequim, que permitirá a China adiar por um ano as restrições à exportação de minerais de terras raras e, ao mesmo tempo, retomar a compra de soja dos EUA, conforme informado pelo secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent.
“O acordo evita, por enquanto, um aumento de 100% nos aranceles que o presidente Trump havia anunciado previamente. Acho que conseguimos evitar”, afirmou Bessent ao programa This Week, da rede ABC. Ele também destacou que Pequim retomará “compras agrícolas substanciais”, uma das exigências de Washington.
Segundo o secretário, o adiamento das restrições foi negociado durante a sexta cúpula da ASEAN, em Kuala Lumpur, com a participação do vice-primeiro-ministro chinês He Lifeng. O representante de Comércio Internacional da China, Li Chenggang, classificou o acordo como “preliminar” e afirmou que as negociações abordaram “propostas adequadas para resolver preocupações mútuas”.
O próximo passo será que cada país complete seus procedimentos internos de aprovação. Li ressaltou que foram discutidos diversos temas, incluindo controles de exportação, suspensão recíproca de tarifas, cooperação contra o tráfico de fentanil, tarifas norte-americanas sobre navios chineses e a possível expansão do comércio bilateral.
Bessent afirmou que o encontro entre Trump e Xi, marcado para 30 de outubro, tem “bases muito sólidas para ser bem-sucedido”. Durante a coletiva, ele também mencionou negociações sobre comércio, terras raras, fentanil, TikTok e o estado geral das relações bilaterais.
O representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, disse que as delegações já finalizaram detalhes do acordo, que dependerá da aprovação dos líderes das duas potências. Trump demonstrou otimismo e sugeriu futuros encontros em ambos os países, enquanto o vice-primeiro-ministro He Lifeng pediu a “preservação conjunta dos resultados obtidos” e destacou que o desenvolvimento estável das relações comerciais “responde aos interesses fundamentais de ambos os países e seus povos”.
(Com informações da AFP)